quarta-feira, 18 de julho de 2012

Goytacazes: diagnóstico territorial [parte 1].

PREFÁCIO:

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Planejamento Urbano e Regional I – Campus II do Centro Universitário Fluminense – Campos/RJ, para conclusão do 7º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo.

1.      INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata de um estudo que antecede um Plano de Intervenção Urbana e Ordenamento Territorial (POT) para Goitacazes, 4º Subdistrito do município Campos dos Goytacazes – RJ (IBGE/2010).
Neste primeiro momento, será apresentado um estudo da área baseado nos dados coletados.
A primeira parte deste trabalho que aqui segue, apresenta o diagnóstico e análise da área do distrito de Goytacazes, para que o processo de intervenção oriundo do Plano de Ordenamento Territorial (POT) possa ser exequível. Está aqui apresentada a análise físico-territorial e social da área de estudo, bem como indicações das vocações e demandas do local e relações de pressão e impacto a partir do seu estado atual. A segunda parte, no próximo período, apresentará as propostas de ordenamento para o referido território.
1.1.         OBJETIVO
Coletar dados sobre a região do distrito de Goytacazes, estratificando-os, para elaborar a segunda parte do trabalho contendo o Plano de Ordenamento Territorial desta região.
1.2.         METODOLOGIA
A metodologia utilizada para elaboração do primeiro módulo do trabalho, analisamos o Estado do ambiente natural e construído, as Pressões exercidas sobre o ambiente natural e construído e os Impactos decorrentes destas Pressões (SPIR). As Respostas serão apresentadas no próximo período letivo. Orientamo-nos também por pesquisas e análises documentais, em sites de órgãos públicos, utilizando as legislações vigentes no município e realização de entrevistas com funcionários públicos, contato pessoal com moradores através de entrevistas informais para melhor análise do local e conhecimento das necessidades da população, análises in loco, bem como coleta de dados quantitativos, visitas a órgãos públicos, estabelecimentos comerciais, de saúde e de ensino além de estudos bibliográficos. Este procedimento foi escolhido por ter resultados mais concretos e, consequentemente, menos passíveis de erros de interpretação. Em muitos casos geram índices que podem ser comparados ao longo do tempo, permitindo traçar um histórico da informação.
Foi elaborado um questionário com 20 itens básicos para traçar o perfil do morador da região assim como o perfil da sociedade local.
Esta pesquisa estendeu-se às Secretarias de Planejamento, de Saúde, de Vigilância Sanitária, de Educação e de Transporte.

2.              4º SUBDISTRITO DE GOYTACAZES: SEU ESTADO
Os tópicos a seguir apresentarão os resultados mais relevantes da pesquisa indicando o estado atual da região estudada. Estas características serão balizadores importantes para o trabalho de Planejamento do Ordenamento Territorial.

2.1.     CARACTERÍSTICAS FISICO-TERRITORIAIS
A área de estudo apresentou nos últimos anos um grande crescimento urbanístico. Tendo em vista o crescimento do comércio local, abrangendo as mais diversas áreas neste seguimento, bem como, rede de supermercados, bancos, escolas, creches, comércios varejistas, bem como via de escoamento para as indústrias ceramistas, e o grande complexo industrial que se instala na região litorânea, trazendo um grande desenvolvimento para a região, não se esquecendo do potencial turístico que movimenta a economia local. Tendo em vista esse crescimento local, o distrito hoje possui os principais equipamentos urbanos.

2.1.1.               LOCALIZAÇÃO E LIMITES
O perímetro urbano do subdistrito de Goytacazes está definido na LEI NÚMERO 7.973, DE 31 DE MARÇO DE 2008 (Figura 2). Está localizada no perímetro urbano da cidade de Campos dos Goytacazes e tem seu limite territorial definido pelo distrito sede, Campos, 4º Distrito de São Sebastião, 17º Distrito de Tocos e 3º Distrito de Santo Amaro.

Localização de Campos dos Goytacazes no Brasil
Distância até a capital: 286 km
Características geográficas:
Área: 4 026,712 km²
População: 463 731 hab. (RJ: 7º) –  CensoIBGE/2010[3]
Densidade: 115,16 hab./km²
Altitude: 14 metros m
Clima tropical: temperatura média anual de 22,7 ºC
Fuso horário - UTC−3

Localização do Subdistrito de Goytacazes
Unidade federativa: Rio de Janeiro
Mesorregião: Norte Fluminense IBGE/2008[1]
Microrregião: Campos dos Goytacazes IBGE/2008[1]
Distritos limítrofes: 1º Distrito (Sede), 4º Distrito São Sebastião, 17º Distrito Tocos, 3º Distrito Santo Amaro.
Distância até Campos: 16 km
Características geográficas
Área aprox.: 43,58 km²
População estimada 46.198 hab. – Dados IBGE (consulta 2010)
Densidade: 1060 hab./km²
Altitude: 11 metros 
Clima tropical: temperatura média anual de 22,7 ºC
Fuso horário UTC−3

Na figura 1 a seguir está demonstrado a localização do subdistrito de Goytacazes dentro do município de Campos.
Figura 1 – Localização do Subdistrito e seus limítrofes.
Fonte: Site da Prefeitura de Campos - 2012


2.1.2.          ÁREAS URBANAS E RURAIS
As áreas urbanas e rurais estão bem delineadas na região do subdistrito. A área urbana se estende ao longo da RJ-216 que adota dois outros nomes no subdistrito: Rua São Gonçalo e Avenida Deputado Alair Ferreira.
Dos 43,5 km2 da região do distrito de Goytacazes, 7,3 km2 são urbanizados, ou seja, 16,5% da área é urbanizada com residências e comércio. O restante, 83,5% da área é ocupada com indústrias, agricultura da cana de açúcar principalmente e criação de animais para abate.
Figura 2 – Bairros e principais referências em Goytacazes.
Fonte:  Maplink.com - 2012


2.1.3.               COBERTURAS VEGETAIS E RELEVO
A flora original não existe mais. Na metade do século XVI, iniciou-se um processo de substituição das matas da faixa litorânea para a implantação de imensos canaviais. A introdução da cultura cafeeira, entretanto, acelerou e expandiu o processo de desmatamento do Estado, na segunda metade do século XVIII. Com o passar do tempo, ocorreu a generalização do uso da terra por pastagens para a criação de gado de forma extensiva. O processo de devastação florestal prosseguiu, em razão das pastagens e das queimadas. No subdistrito de Goitacazes, foi possível observar que em grande parte da área rural ainda existem plantações de cana-de-açúcar, inclusive na divisa com o distrito de Tocos, cerca de 70% da área, com o objetivo de  atender à demanda da Usina São José em Goytacazes e Usina Paraíso em Tocos, e os outros 30% é constituída de pastagens.
Por ser uma região caracteristicamente plana, a configuração do relevo não é percebida a olho nu. A variação não passa de 2 metros com aclives e declives bem suaves.
Geologia - Geomorfologia
O Município de Campos caracteriza-se por três divisões geológico-geomorfológicas (Barroso 1997 in: Ramos et. al, 2001):
- o embasamento cristalino, constituído por cadeias de rochas granito-gnássicas, formadas durante o período pré-cambriano, com dois domínios morfológicos: mar de morros arrasados e serras alongadas, isoladas ou continuas.
- os tabuleiros da Formação Barreiras são elevações, de topo plano, com suave declividade para o mar; formaram-se durante o Plioceno e na Região constituem-se, basicamente, por camadas horizontais de materiais argilosos e argilo-arenosos.
- a planície quaternária é a feição geológica-geomorfológica dominante do município, sendo composta por sedimentos holocênicos de origem deltaica e aluvionar.

2.1.4.               CLIMA
O clima na região estudada é o mesmo do distrito sede. Podemos afirmar que é tropical com temperatura média anual de 22,7 ºC. A diferença entre as duas microrregiões é a quantidade de geradores de poluição e calor e a quantidade de obstáculos físicos aos ventos, tornando o subdistrito de Goytacazes um pouco menos quente nos piores dias do verão.

2.1.5.               EIXOS HÍDRICOS
A região do subdistrito de Goytacazes faz parte da Região Hidrográfica Atlântico Sudeste ou IX Região Hidrográfica do Brasil segundo o INEA.
Esta microrregião é cortada por diversos canais naturais e artificiais. Todos estes canais originam-se no Rio Paraíba do Sul e grande parte interliga-se à Lagoa Feia.
Nenhum destes canais pode ser navegado para transporte de cargas ou navegação de embarcações de médio ou grande porte. São canais de pequeno porte uteis apenas para irrigação.

PRINCIPAIS CANAIS: Coqueiros, São José, Goiabal e Columins.
Figura 3 – Setorização em Goytacazes.

2.1.6.             USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
A Lei 7.974 que institui a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Campos dos Goytacazes define que na região de Goytacazes há regras definidas para gabaritos, afastamentos, larguras de ruas, entre outros parcelamentos envolvendo a área rural e urbana. 
Constatamos que a falta de fiscalização no local permitiu um crescimento irregular na região comercial e em algumas áreas residenciais.

Figura 4 – Macrozoneamento Urbano.
Fonte:  PMCG - 2008

Lei 7.974, publicada no Diário Oficial do Município em 14/12/2007
LEI NÚMERO 7.974, DE 31 DE MARÇO DE 2008. - Institui a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Campos dos Goytacazes.
Subseção II - DO GABARITO MÁXIMO DA EDIFICAÇÃO
Art. 22 - O Gabarito Máximo da Edificação corresponde ao número máximo de pavimentos-tipo estabelecido para a Zona Urbana ou Eixo de Comércio e Serviço em que o imóvel se situe.
§ 3º - Nos logradouros com largura menor que 11,00m (onze metros) somente serão permitidas edificações com Gabarito Máximo de 3 (três) pavimentos colados nas divisas ou 5 (cinco) pavimentos afastados das divisas, sem embasamento, considerando-se a largura do logradouro como a distância entre os alinhamentos dos lotes localizados em cada lado do logradouro.
§ 4º - O Gabarito Máximo das Edificações localizadas nas Zonas e Eixos de Comércio e Serviço da área urbana da sede municipal, onde é permitida a verticalização, será de 24 (vinte e quatro) pavimentos, incluindo os pilotis de acesso e os pavimentos do embasamento.
§ 5º - O gabarito máximo de embasamento será de 9m (nove metros), excluindo o PUC – Pavimento de Uso Comum.
Subseção IV
DOS AFASTAMENTOS DA EDIFICAÇÃO
Art. 30 - Os afastamentos laterais mínimos do embasamento com até 2 (dois) pavimentos e de uso comum nos imóveis situados em Zona Urbana e Eixo de Comércio e Serviço onde se admite a verticalização serão os exigidos para edificações horizontais para as respectivas zonas e eixos.
Art. 31 - As edificações ao longo das faixas marginais dos cursos d’água naturais ou artificiais deverão manter afastamentos de acordo com as normas municipais, estaduais e federais e deverão respeitar os Planos de Alinhamento – PÁS dos logradouros.
Art. 32 - As edificações ao longo das rodovias federais, estaduais e municipais devem ter afastamento mínimo de 10,00m (dez metros), a contar dos limites externos da faixa de domínio prevista para a rodovia.
Parágrafo Único - Quando não estiverem demarcados os limites das faixas de domínio, o afastamento do eixo da estrada deve ser 30m (trinta metros) para as edificações situadas à margem de rodovias federais e estaduais e de 20m (vinte metros), para as situadas à margem das estradas municipais.
TÍTULO III - Do Zoneamento Urbano
CAPÍTULO I - DA ÁREA URBANA
Subseção II - DA ZONA RESIDENCIAL 2
Art. 64 - A Zona Residencial 2 – ZR 2 destina-se ao uso residencial
unifamiliar, residencial multifamiliar horizontal, residencial multifamiliar vertical, sendo permitido o comércio local, serviços locais, uso institucional local e principal e uso misto.
Parágrafo Único - Na Zona Residencial 2 será admitida a construção de vilas, nas condições estabelecidas pela Lei de Parcelamento do Solo Urbano.
Seção V - DOS EIXOS DE COMÉRCIO E SERVIÇO
Subseção II - DO EIXO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS 2
Art. 72 - O Eixo de Comércio e Serviços 2 – ECS 2 destina-se ao comércio e serviço de bairro e ao uso residencial unifamiliar e multifamiliar.
Parágrafo Único - As atividades não residenciais compatíveis com o Eixo de Comércio e Serviços 2 serão as de grau de impacto 2.
Seção VIII - DA ZONA DE EXPANSÃO URBANA
Art. 76 - As Zonas de Expansão Urbana – ZEU, incluídas dentro da Macrozona de Expansão Urbana, compreendem as glebas de terra não parceladas, situadas na periferia da área urbana ocupada, para as quais deverão ser elaborados Planos de Ordenamento do Território – POT’s que orientem o processo de sua urbanização.

Figura 5 – Macrozoneamento Urbano.
Fonte:  PMCG - 2008

Áreas para aplicação dos Instrumentos Indutores do Desenvolvimento Urbano – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória.
Figura 6 – Macrozoneamento Urbano.
Fonte:  PMCG - 2008

2.1.7.          TRANSPORTES
As vias arteriais da área são a Rodovia Campos-Farol e a Av. Deputado Alair Ferreira no mesmo seguimento, possuindo ambas duas pistas de rolagem que não suportam com qualidade o fluxo de veículos que passam pelo local diariamente, além de não possuir um planejamento para pedestres, veículos de cargas e ciclistas. Já as vias coletoras na sua maioria são de paralelepípedos, possuindo também muitos problemas em relação à pavimentação, pois as calçadas e as próprias ruas possuem muitos problemas na hora do trânsito dos pedestres, ciclistas e motoristas. Já as ruas no perímetro são de terra batida, o que ocasiona grandes problemas, pois são estreitas, muitas vezes sem calçadas e sem planejamento para uma estrutura adequada.


Ausência de calçadas, calçadas obstruídas e ausência de faixa de pedestres.
Fonte:  do autor - 2012


No geral, a maioria das ruas não possuem calçadas e quando possuem estas não são acessíveis, com dimensionamento insuficiente para a passagem de pedestres, o que acarreta grande conflitos e muitas vezes acidentes. O trânsito não possui sinalização adequada e a pavimentação é precária, fazendo com que haja confusão e pouca fluência no trânsito.



Calçadas inacessíveis, calçadas estreitas e calçadas inexistentes.
Fonte:  do autor – 2012

Principais rodovias – RJ-216, Estrada Veiga, Estrada do Carvão (, Estrada de Tocos (Rodovia Sérgio Viana Barroso) e Estrado do Limão (Av. Dario Canela Tavares), Estrada Tocaia e Estrada Bugalho.
O subdistrito é atendido pelas empresas de ônibus TAMANDARE, JACARANDA, SIQUEIRA, ROGIL, CAMPOSTUR, ITAPEMIRIM e 1001. A Tamandaré é a única que atende somente a região de Goytacazes com linhas circulares.
Há pontos de táxis na praça São Benedito, em frente à Igreja São Benedito, mas não há táxis. Não há linhas de VANS de Goytacazes até Campos Shopping, apesar de haver tráfego constante de VANS que passam por Goytacazes.
As redes ferroviárias estão desativadas, não existem redes hidroviárias e aeroviárias no subdistrito.
           
2.1.8.             PARCELAMENTO DO SOLO
LEI 7.975 – Parâmetros Urbanísticos, Dimensionamento de lotes e quadras, Distinção e dimensionamento de áreas publicas.  O parcelamento do solo para fins urbanos e a regularização fundiária e urbanística atenderão aos princípios, objetivos, estratégias e diretrizes do Plano Diretor de Campos dos Goytacazes.
Nossa pesquisa não se deteve na procura de irregularidades sob a luz da LEI 7.975, entretanto, podemos afirmar que as poucas irregularidades que pudemos observar ocorreram por falta de conhecimento do proprietário e, ou por falta de fiscalização municipal.

2.1.9.             AMBIENTE NATURAL

No município de Campos dos Goytacazes, na metade do século XVI, iniciou-se um processo de substituição das matas da faixa litorânea para a implantação de imensos canaviais. A introdução da cultura cafeeira, entretanto, acelerou e expandiu o processo de desmatamento do Estado, na segunda metade do século XVIII. Com o passar do tempo, ocorreu a generalização do uso da terra por pastagens para a criação de gado de forma extensiva. O processo de devastação florestal prosseguiu, em razão das pastagens e das queimadas. No subdistrito de Goytacazes, foi possível observar que em grande parte da área rural ainda existem plantações de cana-de-açúcar, inclusive na divisa com o distrito de Tocos, cerca de 70% da área, com o objetivo de atender à demanda da Usina São José e os outros 30% é constituída de pastagens.
A vegetação original encontra-se profundamente modificada pela ação antrópica, através da exploração agrícola e pecuária, atividades de longa data na região. A cobertura vegetal original, da qual ficaram apenas pequenos remanescentes como a Mata Atlântica da encosta leste da Serra do Mar. (PROJIR, 1984; Projeto Rio de Janeiro, 2000).


3.      PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO

3.1.     DESCRIÇÃO
A pesquisa feita pelos grupos foi pautada conforme questionário mencionado como um dos métodos de pesquisa com o objetivo de traçar o perfil das condições socioeconômicas dos moradores da região:
Estratificando os maiores valores da pesquisa, podemos afirmar que a característica das residências familiares são próprias, cobertas com lajes, contendo uma edificação por lote em bom estado de conservação com 5 cômodos em média e um banheiro, abastecidas com água encanada, o esgotamento é feito por fossa séptica ou rudimentar, alimentadas pela rede geral de energia elétrica, contempladas por coleta regular de lixo, com 4 moradores em média por residência, a faixa etária predominante é entre 31 e 45 anos de idade, renda média familiar entre 1 e 3 S.M., usam transporte público, atendidos em sua maioria pela UPH São José (unidade municipal) e percebem que os maiores problemas da população local estão concentrados na carência do atendimento à saúde e falta de sistema de coleta de esgoto.
Uma observação importante é que a maioria não soube informar ao certo se tinha fossa séptica ou rudimentar sendo registrado o que foi informado, mas moradores mais experientes afirmam que raramente será encontrada fossa séptica na região.
Foi observado também em alguns bairros a construção de fossa coletiva em locais distantes das residências, mas são raras.
Conforme observado no local, a maioria da população apresenta baixo grau de escolaridade devido à falta de oportunidade ou até mesmo pela distância da escola em relação ao local onde residem. As pessoas que moram em setores mais distantes da área central do distrito trabalham em sua maioria na área rural, construção civil, olarias, prestação de serviços, atividades informais, entre outros. Na área central do subdistrito de Goitacazes pode-se observar que as profissões exercidas pelos moradores são diferentes, tais como comerciantes, professores, bancários, profissionais da saúde, profissionais da área do petróleo e microempresários. Notou-se também que pessoas de outras localidades possuem propriedade rural no distrito de Goitacazes, levando renda para o mesmo através da geração de emprego.

3.1.1.               POPULAÇÃO
Assim como no município e no país, há mais mulheres que homens na região de Goytacazes e apenas 1% aproximadamente do 46.198 habitantes (IBGE/2010) vive na área rural.



3.1.2.               FAIXA ETÁRIA
A população etária predominante situa-se no grupo entre 40 e 50 anos de idade o que indica que em breve o número de idosos será muito maior que a população jovem em função da queda de natalidade.


PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO: As figuras a seguir representam a evolução populacional projetada a cada 10 anos a partir de 2010. O lado azul representa a quantidade de homens por idade e o lado magenta representa a quantidade de mulheres por idade.


Figura 7 – Projeção da População.
Fonte:  IBGE - 2011

Esta projeção é um excelente indicador para mostrar as respostas que a administração pública e a população devem elaborar para adaptar ou prover recursos que atendam o aumento de número de idosos ao longo dos anos, indicando também ações para mitigar doenças típicas das faixas etárias e propostas ocupacionais para aproveitar o potencial laboral da população idosa e experiente.
Atualmente, a taxa de crescimento populacional no município é de 1,31% ao ano (www.portalodm.com.br).

Figura 8 – Projeção da População / Situação Atual.

3.1.3.               RENDA
De acordo com o demonstrativo estratificado pelo IBGE, a maior parcela dos trabalhadores tem renda mensal entre ½ e 2 salários mínimos.  Já a renda domiciliar, ou seja, somando o ganho dos residentes do mesmo domicílio, a renda mensal domiciliar predominante está entre 2 e 5 salários mínimos.


3.1.4.               ESCOLARIDADE
De acordo com levantamento feito pelo IBGE, 95% da população de Goytacazes está alfabetizada, entretanto, 80% dos adultos não completaram o ensino médio.











3.1.5.               PERFIL
A população de Goytacazes caracteriza-se por residirem em domicílios próprios. Aproximadamente 90% dos domicílios são próprios e a média de 3,3 moradores por domicílio.















3.1.6.           ETNIA
A cor ou raça predominante na região é a Branca, conforme levantamento do IBGE/2010.

3.1.7.           RELIGIÃO



As principais igrejas no subdistrito são as igrejas de São Gonçalo e a Igreja São Benedito no centro de Goytacazes e a igreja Santo Amaro em Donana. Há também algumas capelas particulares e outras pequenas igrejas de religiões distintas. Esta região é tradicionalmente católica e segundo estimativa do pároco local e outros entrevistados, estima-se que os católicos representam aproximadamente 75% da população local. Ficando dividido nos 25% restantes, outras religiões. 

Foto em cima: Igreja São Gonçalo.
Foto em baixo:  Igreja São Benedito 
Fonte:  do autor – 2012












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