quarta-feira, 18 de julho de 2012

Goytacazes: diagnóstico territorial [parte 1].

PREFÁCIO:

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Planejamento Urbano e Regional I – Campus II do Centro Universitário Fluminense – Campos/RJ, para conclusão do 7º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo.

1.      INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata de um estudo que antecede um Plano de Intervenção Urbana e Ordenamento Territorial (POT) para Goitacazes, 4º Subdistrito do município Campos dos Goytacazes – RJ (IBGE/2010).
Neste primeiro momento, será apresentado um estudo da área baseado nos dados coletados.
A primeira parte deste trabalho que aqui segue, apresenta o diagnóstico e análise da área do distrito de Goytacazes, para que o processo de intervenção oriundo do Plano de Ordenamento Territorial (POT) possa ser exequível. Está aqui apresentada a análise físico-territorial e social da área de estudo, bem como indicações das vocações e demandas do local e relações de pressão e impacto a partir do seu estado atual. A segunda parte, no próximo período, apresentará as propostas de ordenamento para o referido território.
1.1.         OBJETIVO
Coletar dados sobre a região do distrito de Goytacazes, estratificando-os, para elaborar a segunda parte do trabalho contendo o Plano de Ordenamento Territorial desta região.
1.2.         METODOLOGIA
A metodologia utilizada para elaboração do primeiro módulo do trabalho, analisamos o Estado do ambiente natural e construído, as Pressões exercidas sobre o ambiente natural e construído e os Impactos decorrentes destas Pressões (SPIR). As Respostas serão apresentadas no próximo período letivo. Orientamo-nos também por pesquisas e análises documentais, em sites de órgãos públicos, utilizando as legislações vigentes no município e realização de entrevistas com funcionários públicos, contato pessoal com moradores através de entrevistas informais para melhor análise do local e conhecimento das necessidades da população, análises in loco, bem como coleta de dados quantitativos, visitas a órgãos públicos, estabelecimentos comerciais, de saúde e de ensino além de estudos bibliográficos. Este procedimento foi escolhido por ter resultados mais concretos e, consequentemente, menos passíveis de erros de interpretação. Em muitos casos geram índices que podem ser comparados ao longo do tempo, permitindo traçar um histórico da informação.
Foi elaborado um questionário com 20 itens básicos para traçar o perfil do morador da região assim como o perfil da sociedade local.
Esta pesquisa estendeu-se às Secretarias de Planejamento, de Saúde, de Vigilância Sanitária, de Educação e de Transporte.

2.              4º SUBDISTRITO DE GOYTACAZES: SEU ESTADO
Os tópicos a seguir apresentarão os resultados mais relevantes da pesquisa indicando o estado atual da região estudada. Estas características serão balizadores importantes para o trabalho de Planejamento do Ordenamento Territorial.

2.1.     CARACTERÍSTICAS FISICO-TERRITORIAIS
A área de estudo apresentou nos últimos anos um grande crescimento urbanístico. Tendo em vista o crescimento do comércio local, abrangendo as mais diversas áreas neste seguimento, bem como, rede de supermercados, bancos, escolas, creches, comércios varejistas, bem como via de escoamento para as indústrias ceramistas, e o grande complexo industrial que se instala na região litorânea, trazendo um grande desenvolvimento para a região, não se esquecendo do potencial turístico que movimenta a economia local. Tendo em vista esse crescimento local, o distrito hoje possui os principais equipamentos urbanos.

2.1.1.               LOCALIZAÇÃO E LIMITES
O perímetro urbano do subdistrito de Goytacazes está definido na LEI NÚMERO 7.973, DE 31 DE MARÇO DE 2008 (Figura 2). Está localizada no perímetro urbano da cidade de Campos dos Goytacazes e tem seu limite territorial definido pelo distrito sede, Campos, 4º Distrito de São Sebastião, 17º Distrito de Tocos e 3º Distrito de Santo Amaro.

Localização de Campos dos Goytacazes no Brasil
Distância até a capital: 286 km
Características geográficas:
Área: 4 026,712 km²
População: 463 731 hab. (RJ: 7º) –  CensoIBGE/2010[3]
Densidade: 115,16 hab./km²
Altitude: 14 metros m
Clima tropical: temperatura média anual de 22,7 ºC
Fuso horário - UTC−3

Localização do Subdistrito de Goytacazes
Unidade federativa: Rio de Janeiro
Mesorregião: Norte Fluminense IBGE/2008[1]
Microrregião: Campos dos Goytacazes IBGE/2008[1]
Distritos limítrofes: 1º Distrito (Sede), 4º Distrito São Sebastião, 17º Distrito Tocos, 3º Distrito Santo Amaro.
Distância até Campos: 16 km
Características geográficas
Área aprox.: 43,58 km²
População estimada 46.198 hab. – Dados IBGE (consulta 2010)
Densidade: 1060 hab./km²
Altitude: 11 metros 
Clima tropical: temperatura média anual de 22,7 ºC
Fuso horário UTC−3

Na figura 1 a seguir está demonstrado a localização do subdistrito de Goytacazes dentro do município de Campos.
Figura 1 – Localização do Subdistrito e seus limítrofes.
Fonte: Site da Prefeitura de Campos - 2012


2.1.2.          ÁREAS URBANAS E RURAIS
As áreas urbanas e rurais estão bem delineadas na região do subdistrito. A área urbana se estende ao longo da RJ-216 que adota dois outros nomes no subdistrito: Rua São Gonçalo e Avenida Deputado Alair Ferreira.
Dos 43,5 km2 da região do distrito de Goytacazes, 7,3 km2 são urbanizados, ou seja, 16,5% da área é urbanizada com residências e comércio. O restante, 83,5% da área é ocupada com indústrias, agricultura da cana de açúcar principalmente e criação de animais para abate.
Figura 2 – Bairros e principais referências em Goytacazes.
Fonte:  Maplink.com - 2012


2.1.3.               COBERTURAS VEGETAIS E RELEVO
A flora original não existe mais. Na metade do século XVI, iniciou-se um processo de substituição das matas da faixa litorânea para a implantação de imensos canaviais. A introdução da cultura cafeeira, entretanto, acelerou e expandiu o processo de desmatamento do Estado, na segunda metade do século XVIII. Com o passar do tempo, ocorreu a generalização do uso da terra por pastagens para a criação de gado de forma extensiva. O processo de devastação florestal prosseguiu, em razão das pastagens e das queimadas. No subdistrito de Goitacazes, foi possível observar que em grande parte da área rural ainda existem plantações de cana-de-açúcar, inclusive na divisa com o distrito de Tocos, cerca de 70% da área, com o objetivo de  atender à demanda da Usina São José em Goytacazes e Usina Paraíso em Tocos, e os outros 30% é constituída de pastagens.
Por ser uma região caracteristicamente plana, a configuração do relevo não é percebida a olho nu. A variação não passa de 2 metros com aclives e declives bem suaves.
Geologia - Geomorfologia
O Município de Campos caracteriza-se por três divisões geológico-geomorfológicas (Barroso 1997 in: Ramos et. al, 2001):
- o embasamento cristalino, constituído por cadeias de rochas granito-gnássicas, formadas durante o período pré-cambriano, com dois domínios morfológicos: mar de morros arrasados e serras alongadas, isoladas ou continuas.
- os tabuleiros da Formação Barreiras são elevações, de topo plano, com suave declividade para o mar; formaram-se durante o Plioceno e na Região constituem-se, basicamente, por camadas horizontais de materiais argilosos e argilo-arenosos.
- a planície quaternária é a feição geológica-geomorfológica dominante do município, sendo composta por sedimentos holocênicos de origem deltaica e aluvionar.

2.1.4.               CLIMA
O clima na região estudada é o mesmo do distrito sede. Podemos afirmar que é tropical com temperatura média anual de 22,7 ºC. A diferença entre as duas microrregiões é a quantidade de geradores de poluição e calor e a quantidade de obstáculos físicos aos ventos, tornando o subdistrito de Goytacazes um pouco menos quente nos piores dias do verão.

2.1.5.               EIXOS HÍDRICOS
A região do subdistrito de Goytacazes faz parte da Região Hidrográfica Atlântico Sudeste ou IX Região Hidrográfica do Brasil segundo o INEA.
Esta microrregião é cortada por diversos canais naturais e artificiais. Todos estes canais originam-se no Rio Paraíba do Sul e grande parte interliga-se à Lagoa Feia.
Nenhum destes canais pode ser navegado para transporte de cargas ou navegação de embarcações de médio ou grande porte. São canais de pequeno porte uteis apenas para irrigação.

PRINCIPAIS CANAIS: Coqueiros, São José, Goiabal e Columins.
Figura 3 – Setorização em Goytacazes.

2.1.6.             USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
A Lei 7.974 que institui a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Campos dos Goytacazes define que na região de Goytacazes há regras definidas para gabaritos, afastamentos, larguras de ruas, entre outros parcelamentos envolvendo a área rural e urbana. 
Constatamos que a falta de fiscalização no local permitiu um crescimento irregular na região comercial e em algumas áreas residenciais.

Figura 4 – Macrozoneamento Urbano.
Fonte:  PMCG - 2008

Lei 7.974, publicada no Diário Oficial do Município em 14/12/2007
LEI NÚMERO 7.974, DE 31 DE MARÇO DE 2008. - Institui a Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano do Município de Campos dos Goytacazes.
Subseção II - DO GABARITO MÁXIMO DA EDIFICAÇÃO
Art. 22 - O Gabarito Máximo da Edificação corresponde ao número máximo de pavimentos-tipo estabelecido para a Zona Urbana ou Eixo de Comércio e Serviço em que o imóvel se situe.
§ 3º - Nos logradouros com largura menor que 11,00m (onze metros) somente serão permitidas edificações com Gabarito Máximo de 3 (três) pavimentos colados nas divisas ou 5 (cinco) pavimentos afastados das divisas, sem embasamento, considerando-se a largura do logradouro como a distância entre os alinhamentos dos lotes localizados em cada lado do logradouro.
§ 4º - O Gabarito Máximo das Edificações localizadas nas Zonas e Eixos de Comércio e Serviço da área urbana da sede municipal, onde é permitida a verticalização, será de 24 (vinte e quatro) pavimentos, incluindo os pilotis de acesso e os pavimentos do embasamento.
§ 5º - O gabarito máximo de embasamento será de 9m (nove metros), excluindo o PUC – Pavimento de Uso Comum.
Subseção IV
DOS AFASTAMENTOS DA EDIFICAÇÃO
Art. 30 - Os afastamentos laterais mínimos do embasamento com até 2 (dois) pavimentos e de uso comum nos imóveis situados em Zona Urbana e Eixo de Comércio e Serviço onde se admite a verticalização serão os exigidos para edificações horizontais para as respectivas zonas e eixos.
Art. 31 - As edificações ao longo das faixas marginais dos cursos d’água naturais ou artificiais deverão manter afastamentos de acordo com as normas municipais, estaduais e federais e deverão respeitar os Planos de Alinhamento – PÁS dos logradouros.
Art. 32 - As edificações ao longo das rodovias federais, estaduais e municipais devem ter afastamento mínimo de 10,00m (dez metros), a contar dos limites externos da faixa de domínio prevista para a rodovia.
Parágrafo Único - Quando não estiverem demarcados os limites das faixas de domínio, o afastamento do eixo da estrada deve ser 30m (trinta metros) para as edificações situadas à margem de rodovias federais e estaduais e de 20m (vinte metros), para as situadas à margem das estradas municipais.
TÍTULO III - Do Zoneamento Urbano
CAPÍTULO I - DA ÁREA URBANA
Subseção II - DA ZONA RESIDENCIAL 2
Art. 64 - A Zona Residencial 2 – ZR 2 destina-se ao uso residencial
unifamiliar, residencial multifamiliar horizontal, residencial multifamiliar vertical, sendo permitido o comércio local, serviços locais, uso institucional local e principal e uso misto.
Parágrafo Único - Na Zona Residencial 2 será admitida a construção de vilas, nas condições estabelecidas pela Lei de Parcelamento do Solo Urbano.
Seção V - DOS EIXOS DE COMÉRCIO E SERVIÇO
Subseção II - DO EIXO DE COMÉRCIO E SERVIÇOS 2
Art. 72 - O Eixo de Comércio e Serviços 2 – ECS 2 destina-se ao comércio e serviço de bairro e ao uso residencial unifamiliar e multifamiliar.
Parágrafo Único - As atividades não residenciais compatíveis com o Eixo de Comércio e Serviços 2 serão as de grau de impacto 2.
Seção VIII - DA ZONA DE EXPANSÃO URBANA
Art. 76 - As Zonas de Expansão Urbana – ZEU, incluídas dentro da Macrozona de Expansão Urbana, compreendem as glebas de terra não parceladas, situadas na periferia da área urbana ocupada, para as quais deverão ser elaborados Planos de Ordenamento do Território – POT’s que orientem o processo de sua urbanização.

Figura 5 – Macrozoneamento Urbano.
Fonte:  PMCG - 2008

Áreas para aplicação dos Instrumentos Indutores do Desenvolvimento Urbano – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória.
Figura 6 – Macrozoneamento Urbano.
Fonte:  PMCG - 2008

2.1.7.          TRANSPORTES
As vias arteriais da área são a Rodovia Campos-Farol e a Av. Deputado Alair Ferreira no mesmo seguimento, possuindo ambas duas pistas de rolagem que não suportam com qualidade o fluxo de veículos que passam pelo local diariamente, além de não possuir um planejamento para pedestres, veículos de cargas e ciclistas. Já as vias coletoras na sua maioria são de paralelepípedos, possuindo também muitos problemas em relação à pavimentação, pois as calçadas e as próprias ruas possuem muitos problemas na hora do trânsito dos pedestres, ciclistas e motoristas. Já as ruas no perímetro são de terra batida, o que ocasiona grandes problemas, pois são estreitas, muitas vezes sem calçadas e sem planejamento para uma estrutura adequada.


Ausência de calçadas, calçadas obstruídas e ausência de faixa de pedestres.
Fonte:  do autor - 2012


No geral, a maioria das ruas não possuem calçadas e quando possuem estas não são acessíveis, com dimensionamento insuficiente para a passagem de pedestres, o que acarreta grande conflitos e muitas vezes acidentes. O trânsito não possui sinalização adequada e a pavimentação é precária, fazendo com que haja confusão e pouca fluência no trânsito.



Calçadas inacessíveis, calçadas estreitas e calçadas inexistentes.
Fonte:  do autor – 2012

Principais rodovias – RJ-216, Estrada Veiga, Estrada do Carvão (, Estrada de Tocos (Rodovia Sérgio Viana Barroso) e Estrado do Limão (Av. Dario Canela Tavares), Estrada Tocaia e Estrada Bugalho.
O subdistrito é atendido pelas empresas de ônibus TAMANDARE, JACARANDA, SIQUEIRA, ROGIL, CAMPOSTUR, ITAPEMIRIM e 1001. A Tamandaré é a única que atende somente a região de Goytacazes com linhas circulares.
Há pontos de táxis na praça São Benedito, em frente à Igreja São Benedito, mas não há táxis. Não há linhas de VANS de Goytacazes até Campos Shopping, apesar de haver tráfego constante de VANS que passam por Goytacazes.
As redes ferroviárias estão desativadas, não existem redes hidroviárias e aeroviárias no subdistrito.
           
2.1.8.             PARCELAMENTO DO SOLO
LEI 7.975 – Parâmetros Urbanísticos, Dimensionamento de lotes e quadras, Distinção e dimensionamento de áreas publicas.  O parcelamento do solo para fins urbanos e a regularização fundiária e urbanística atenderão aos princípios, objetivos, estratégias e diretrizes do Plano Diretor de Campos dos Goytacazes.
Nossa pesquisa não se deteve na procura de irregularidades sob a luz da LEI 7.975, entretanto, podemos afirmar que as poucas irregularidades que pudemos observar ocorreram por falta de conhecimento do proprietário e, ou por falta de fiscalização municipal.

2.1.9.             AMBIENTE NATURAL

No município de Campos dos Goytacazes, na metade do século XVI, iniciou-se um processo de substituição das matas da faixa litorânea para a implantação de imensos canaviais. A introdução da cultura cafeeira, entretanto, acelerou e expandiu o processo de desmatamento do Estado, na segunda metade do século XVIII. Com o passar do tempo, ocorreu a generalização do uso da terra por pastagens para a criação de gado de forma extensiva. O processo de devastação florestal prosseguiu, em razão das pastagens e das queimadas. No subdistrito de Goytacazes, foi possível observar que em grande parte da área rural ainda existem plantações de cana-de-açúcar, inclusive na divisa com o distrito de Tocos, cerca de 70% da área, com o objetivo de atender à demanda da Usina São José e os outros 30% é constituída de pastagens.
A vegetação original encontra-se profundamente modificada pela ação antrópica, através da exploração agrícola e pecuária, atividades de longa data na região. A cobertura vegetal original, da qual ficaram apenas pequenos remanescentes como a Mata Atlântica da encosta leste da Serra do Mar. (PROJIR, 1984; Projeto Rio de Janeiro, 2000).


3.      PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO

3.1.     DESCRIÇÃO
A pesquisa feita pelos grupos foi pautada conforme questionário mencionado como um dos métodos de pesquisa com o objetivo de traçar o perfil das condições socioeconômicas dos moradores da região:
Estratificando os maiores valores da pesquisa, podemos afirmar que a característica das residências familiares são próprias, cobertas com lajes, contendo uma edificação por lote em bom estado de conservação com 5 cômodos em média e um banheiro, abastecidas com água encanada, o esgotamento é feito por fossa séptica ou rudimentar, alimentadas pela rede geral de energia elétrica, contempladas por coleta regular de lixo, com 4 moradores em média por residência, a faixa etária predominante é entre 31 e 45 anos de idade, renda média familiar entre 1 e 3 S.M., usam transporte público, atendidos em sua maioria pela UPH São José (unidade municipal) e percebem que os maiores problemas da população local estão concentrados na carência do atendimento à saúde e falta de sistema de coleta de esgoto.
Uma observação importante é que a maioria não soube informar ao certo se tinha fossa séptica ou rudimentar sendo registrado o que foi informado, mas moradores mais experientes afirmam que raramente será encontrada fossa séptica na região.
Foi observado também em alguns bairros a construção de fossa coletiva em locais distantes das residências, mas são raras.
Conforme observado no local, a maioria da população apresenta baixo grau de escolaridade devido à falta de oportunidade ou até mesmo pela distância da escola em relação ao local onde residem. As pessoas que moram em setores mais distantes da área central do distrito trabalham em sua maioria na área rural, construção civil, olarias, prestação de serviços, atividades informais, entre outros. Na área central do subdistrito de Goitacazes pode-se observar que as profissões exercidas pelos moradores são diferentes, tais como comerciantes, professores, bancários, profissionais da saúde, profissionais da área do petróleo e microempresários. Notou-se também que pessoas de outras localidades possuem propriedade rural no distrito de Goitacazes, levando renda para o mesmo através da geração de emprego.

3.1.1.               POPULAÇÃO
Assim como no município e no país, há mais mulheres que homens na região de Goytacazes e apenas 1% aproximadamente do 46.198 habitantes (IBGE/2010) vive na área rural.



3.1.2.               FAIXA ETÁRIA
A população etária predominante situa-se no grupo entre 40 e 50 anos de idade o que indica que em breve o número de idosos será muito maior que a população jovem em função da queda de natalidade.


PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO: As figuras a seguir representam a evolução populacional projetada a cada 10 anos a partir de 2010. O lado azul representa a quantidade de homens por idade e o lado magenta representa a quantidade de mulheres por idade.


Figura 7 – Projeção da População.
Fonte:  IBGE - 2011

Esta projeção é um excelente indicador para mostrar as respostas que a administração pública e a população devem elaborar para adaptar ou prover recursos que atendam o aumento de número de idosos ao longo dos anos, indicando também ações para mitigar doenças típicas das faixas etárias e propostas ocupacionais para aproveitar o potencial laboral da população idosa e experiente.
Atualmente, a taxa de crescimento populacional no município é de 1,31% ao ano (www.portalodm.com.br).

Figura 8 – Projeção da População / Situação Atual.

3.1.3.               RENDA
De acordo com o demonstrativo estratificado pelo IBGE, a maior parcela dos trabalhadores tem renda mensal entre ½ e 2 salários mínimos.  Já a renda domiciliar, ou seja, somando o ganho dos residentes do mesmo domicílio, a renda mensal domiciliar predominante está entre 2 e 5 salários mínimos.


3.1.4.               ESCOLARIDADE
De acordo com levantamento feito pelo IBGE, 95% da população de Goytacazes está alfabetizada, entretanto, 80% dos adultos não completaram o ensino médio.











3.1.5.               PERFIL
A população de Goytacazes caracteriza-se por residirem em domicílios próprios. Aproximadamente 90% dos domicílios são próprios e a média de 3,3 moradores por domicílio.















3.1.6.           ETNIA
A cor ou raça predominante na região é a Branca, conforme levantamento do IBGE/2010.

3.1.7.           RELIGIÃO



As principais igrejas no subdistrito são as igrejas de São Gonçalo e a Igreja São Benedito no centro de Goytacazes e a igreja Santo Amaro em Donana. Há também algumas capelas particulares e outras pequenas igrejas de religiões distintas. Esta região é tradicionalmente católica e segundo estimativa do pároco local e outros entrevistados, estima-se que os católicos representam aproximadamente 75% da população local. Ficando dividido nos 25% restantes, outras religiões. 

Foto em cima: Igreja São Gonçalo.
Foto em baixo:  Igreja São Benedito 
Fonte:  do autor – 2012












Goytacazes: diagnóstico territorial [parte 2].

PREFÁCIO:

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Planejamento Urbano e Regional I – Campus II do Centro Universitário Fluminense – Campos/RJ, para conclusão do 7º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo.






3.      PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO
3.1.     DESCRIÇÃO
A pesquisa feita pelos grupos foi pautada conforme questionário mencionado como um dos métodos de pesquisa com o objetivo de traçar o perfil das condições socioeconômicas dos moradores da região:
Estratificando os maiores valores da pesquisa, podemos afirmar que a característica das residências familiares são próprias, cobertas com lajes, contendo uma edificação por lote em bom estado de conservação com 5 cômodos em média e um banheiro, abastecidas com água encanada, o esgotamento é feito por fossa séptica ou rudimentar, alimentadas pela rede geral de energia elétrica, contempladas por coleta regular de lixo, com 4 moradores em média por residência, a faixa etária predominante é entre 31 e 45 anos de idade, renda média familiar entre 1 e 3 S.M., usam transporte público, atendidos em sua maioria pela UPH São José (unidade municipal) e percebem que os maiores problemas da população local estão concentrados na carência do atendimento à saúde e falta de sistema de coleta de esgoto.
Uma observação importante é que a maioria não soube informar ao certo se tinha fossa séptica ou rudimentar sendo registrado o que foi informado, mas moradores mais experientes afirmam que raramente será encontrada fossa séptica na região.
Foi observado também em alguns bairros a construção de fossa coletiva em locais distantes das residências, mas são raras.
Conforme observado no local, a maioria da população apresenta baixo grau de escolaridade devido à falta de oportunidade ou até mesmo pela distância da escola em relação ao local onde residem. As pessoas que moram em setores mais distantes da área central do distrito trabalham em sua maioria na área rural, construção civil, olarias, prestação de serviços, atividades informais, entre outros. Na área central do subdistrito de Goitacazes pode-se observar que as profissões exercidas pelos moradores são diferentes, tais como comerciantes, professores, bancários, profissionais da saúde, profissionais da área do petróleo e microempresários. Notou-se também que pessoas de outras localidades possuem propriedade rural no distrito de Goitacazes, levando renda para o mesmo através da geração de emprego.

3.1.1.               POPULAÇÃO
Assim como no município e no país, há mais mulheres que homens na região de Goytacazes e apenas 1% aproximadamente do 46.198 habitantes (IBGE/2010) vive na área rural.











3.1.2.               FAIXA ETÁRIA
A população etária predominante situa-se no grupo entre 40 e 50 anos de idade o que indica que em breve o número de idosos será muito maior que a população jovem em função da queda de natalidade.


PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO: As figuras a seguir representam a evolução populacional projetada a cada 10 anos a partir de 2010. O lado azul representa a quantidade de homens por idade e o lado magenta representa a quantidade de mulheres por idade.


Esta projeção é um excelente indicador para mostrar as respostas que a administração pública e a população devem elaborar para adaptar ou prover recursos que atendam o aumento de número de idosos ao longo dos anos, indicando também ações para mitigar doenças típicas das faixas etárias e propostas ocupacionais para aproveitar o potencial laboral da população idosa e experiente.
Atualmente, a taxa de crescimento populacional no município é de 1,31% ao ano (www.portalodm.com.br).

Projeção da População / Situação Atual.
Fonte:  IBGE - 2011

3.1.3.               RENDA
De acordo com o demonstrativo estratificado pelo IBGE, a maior parcela dos trabalhadores tem renda mensal entre ½ e 2 salários mínimos.  Já a renda domiciliar, ou seja, somando o ganho dos residentes do mesmo domicílio, a renda mensal domiciliar predominante está entre 2 e 5 salários mínimos.




3.1.4.               ESCOLARIDADE
De acordo com levantamento feito pelo IBGE, 95% da população de Goytacazes está alfabetizada, entretanto, 80% dos adultos não completaram o ensino médio.



3.1.5.               PERFIL
A população de Goytacazes caracteriza-se por residirem em domicílios próprios. Aproximadamente 90% dos domicílios são próprios e a média de 3,3 moradores por domicílio.





3.1.6.               ETNIA
A cor ou raça predominante na região é a Branca, conforme levantamento do IBGE/2010.



3.1.7.               RELIGIÃO
As principais igrejas no subdistrito são as igrejas de São Gonçalo e a Igreja São Benedito no centro de Goytacazes e a igreja Santo Amaro em Donana. Há também algumas capelas particulares e outras pequenas igrejas de religiões distintas. Esta região é tradicionalmente católica e segundo estimativa do pároco local e outros entrevistados, estima-se que os católicos representam aproximadamente 75% da população local. Ficando dividido nos 25% restantes, outras religiões. 

Igreja São Benedito, Igreja nova em construção próximo à Casa de Cultura e Igreja São Gonçalo.
Fonte:  do autor – 2012

3.2.         ECONOMIA.
A movimentação financeira gira em torno do comércio local e o que traz divisas para a região é a venda de produtos das olarias. Não há investimentos públicos que fomentem o aquecimento econômico da região que ainda é dominada pelas olarias e usinas de beneficiamento da cana-de-açúcar. O capital gerado pelas usinas evade para os investidores externos ficando apenas para a região os salários que são pagos aos trabalhadores que ali residem e os impostos coletados vão para os cofres do município.
Há esperança da população de haver crescimento econômico e investimentos significativos durante e após a instalação do Superporto do Açu assim como a construção do corredor logístico.
Nos estudos de viabilidade técnica e econômica do Complexo Logístico-industrial do Açu, a LLX prevê um aumento do PIB, em cerca de 50 vezes, em São João da Barra e de US$ 13 bilhões (56%) em Campos dos Goytacazes até o ano de 2025. Neste mesmo período, estes números equivalem a um crescimento anual de 28,48% em São João da Barra e de 5,45% em Campos dos Goytacazes. Esta riqueza, ao contrário daquela divulgada há pouco pelo IBGE para o município, em que inclui a riqueza do petróleo, além dos royalties, que sequer passa pelo município, produzirá mudanças significativas, caso o projeto se viabilize do jeito que está planejado.
Este crescimento fomentará diversos setores da economia e levará o Subdistrito de Goytacazes a reagir por consequência. O primeiro efeito desta mudança ocorrerá no novo eixo rodoviário previsto que passará próximo a Goytacazes. Este eixo rodoviário será chamado de Corredor Logístico que será uma nova estrada passando por fora do distrito sede em direção leste, próximo a Goytacazes e segue em direção aos pontos estratégicos para atender à demanda do porto do Açú, conforme figura abaixo.

Projeto para o Corredor Logístico / Situação Atual.
Fonte:  LLX - 2012
Acesso logístico
As empresas que se instalarem no Superporto do Açu serão beneficiadas com duas alternativas para o transporte ferroviário: a Nova Linha Mineira (ligando o Rio de Janeiro ao Estado de Minas Gerais) e a Linha Litorânea (interligando as malhas da MRS e da FCA). Os dois acessos possibilitarão que o Superporto do Açu atenda as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país. As ferrovias já existem e os estudos para a recapacitação destes trechos já foram iniciados. 
 O Superporto do Açu também contará com acesso rodoviário pelas principais rodovias brasileiras, como a BR 116 (Rodovia Presidente Dutra) e a BR 040 (Rio - Juiz de Fora). Para acesso ao Superporto do Açu, será construído um corredor logístico com 400 metros de largura e 43 km de comprimento. Ele terá 4 faixas rodoviárias, 2 linhas ferroviárias e 3 linhas de transmissão (135 kv, 345 kv e 500 kv). O Corredor Logístico foi dimensionado para transportar 200 milhões de toneladas por ano, com circulação de até 100 mil veículos por dia.
Esta movimentação trará um aumento significativo de trânsito de pessoas e veículos na região de Goytacazes. A posição geográfica de Goytacazes em Relação ao Açú trará um incremento considerável em sua economia.

Posição geográfica de Goytacazes em relação ao Superporto.
Fonte:  maplink.com - 2012

3.2.1.               PIB – Produto Interno Bruto
Não conseguimos informações sobre valores atualizados na Secretaria Municipal de Finanças ou no IBGE.
  O PIB identifica a capacidade de geração de riqueza do município, que no caso de Campos do Goytacazes representa 65,2% do PIB da Região Norte Fluminense.
Entre o ano de 2000 e 2008 houve um crescimento significativo do PIB da cidade de Campos. Foi de R$ 5.644.906,62 para R$ 29.206.675,249.

3.2.2.               ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO E DO DISTRITO
Variação das Receitas Tributárias dos exercícios 2008/2011
2009/2008 – Variação de 3, 12%
2010/2009 – Variação de 52,07%
2011/2010 – Variação de 19,00% - Projetada
Demonstrativo das Receitas:
Receitas Tributárias: R$ 158.132.855,64
Transferências Correntes: R$ 595.962.806,80 (ICMS, IPVA, FPM, SUS...)
Receitas Patrimoniais: R$ 65.071.079,39
Royalties: R$ 1.376.542.743,04
TOTAL: R$ 2.195.709.484,87
Orçamento - De acordo com Benílson Paravidino, secretário municipal de finanças, a previsão orçamentária para 2012 encontra-se otimista em relação ao corrente exercício considerando o crescimento do Município, as ações que estão sendo implementadas na melhoria da qualidade de vida dos munícipes e as perspectivas de novos investimentos que estão previstos.
Segundo o secretário, não há como estimar em pouco tempo somente a arrecadação de Goytacazes, 4º subdistrito de Campos, e para isso, deveria haver um pedido formal através de outro órgão público ou político envolvido com os interesses do local.

3.2.3.               ATIVIDADES ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO E DO DISTRITO
O processo de implantação e execução das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, como qualquer projeto de investimento de grande vulto, gera elevação extraordinária do nível de emprego e renda local e regional e, portanto, aumento igualmente extraordinário da demanda por serviços públicos e de infra-estrutura em geral.
O subdistrito de Goytacazes tem no polo cerâmico uma de suas mais importantes atividades econômicas. Este polo congrega, hoje, mais de cem empresas produtoras no município, as quais geram, mensalmente, cerca de noventa milhões de peças, entre telhas, tijolos e lajotas, respondendo por aproximadamente três mil empregos diretos. Porém uma parcela da população visa também, a possibilidade de geração de renda na própria região, utilizando matéria prima local, uma vez que as famílias ali instaladas vivem através de empregos das Cerâmicas da região. Uma das possibilidades passíveis a vir acrescentar rendimento aos grupos familiares locais seria o artesanato.
Outro gerador de riqueza para o município e para a região de Goytacazes por consequência é o aquecimento do setor da construção civil demandando recursos materiais e humanos gerando mais empregos e renda para a população, em contrapartida, fomenta a especulação imobiliária setorizando ainda mais as classes sociais.
De acordo com RAIS/MTE (http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php) de Janeiro de 2012, o Município tem 92.918 empresas formais. No Estado do Rio há no mesmo período, 3.565.262 empresas formais. Estima-se, de forma empírica, que o subdistrito de Goytacazes tenha aproximadamente 3.000 empresas formais entre comércio, indústria, extração, construção, serviços, agropecuária, entre outros.

3.2.4.               RENDA PER CAPITA
Em pesquisa no Sebrae RJ, com informações socioeconômicas dos 92 municípios fluminenses, divulgadas recentemente, indicaram que o Consumo Per Capita Urbano do Município de Campos dos Goytacazes no ano de 2010 foi de R$ 12.175,35/ano.

3.3.     EDUCAÇÃO
A região de Goytacazes está bem atendida até a 4ª série ou 5º ano do ensino fundamental. A partir daí a demanda é atendida por apenas 6 estabelecimentos de ensino até a 8ª série ou 9º ano e por apenas 3 estabelecimentos de ensino para o nível médio. Esta configuração provoca um grande deslocamento de jovens para outros distritos ou para a Sede.

3.3.1.               NÚMERO DE ESCOLAS E CRECHES

Colégio Cenecista, Escola Cel. João Batista de Paula Barroso e Casa de Cultura.
Fonte:  do autor – 2012


Escolas Municipais, Estaduais e Privadas localizadas no Subdistrito de Goytacazes:

 Os dados informados na tabela acima são referentes ao Censo Escola 2011, de acordo com pesquisa no site do MEC/INEP.
Total de matriculados em 2011: 6.622 alunos em 24 escolas (14,33% da população).
1.465 alunos em 12 Escolas Privadas Urbanas;
1.952 alunos em 4 Escolas Municipais Urbanas;
198 alunos em 1 Escola Privada Rural;
448 alunos em 4 Escolas Municipais Rurais;
2.237 alunos em 3 Escolas Estaduais Urbanas.

Deste total há 9 creches atendendo 392 crianças (6%);
18 Pré-Escolas ou com estrutura para tal atendendo 877 crianças (13%);
19 Escolas para Anos Iniciais da educação fundamental atendendo 2.720 crianças (41%);
6 Escolas para os Anos Finais da educação fundamental atendendo 1.883 jovens (28%);
3 Escolas para Ensino Médio atendendo 827 jovens (12%).

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.
Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o IDEB da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação.
 O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
Os valores abaixo indicam os índices das redes Municipais e Estaduais da cidade de Campos dos Goytacazes. Considerando que o subdistrito está no contexto, consideraremos os mesmos valores.
IDEB MUNICIPAL 2009: 3,3 até 4ª série ou 5º ano; 3,1 até 8ª série ou 9º ano.
IDEB ESTADUAL 2009: 3,4 até 4ª série ou 5º ano; 2,8 até 8ª série ou 9º ano.

3.4.     SAÚDE
A região compreende uma unidade Pré-Hospitalar que é o Hospital São José na Estrada do Açúcar e do Álcool (RJ-216). Esta unidade não tem estrutura para internações. Sempre que necessário, o paciente é removido para a rede hospitalar na sede pela ambulância dedicada a esta unidade. Além de atender a população do subdistrito, atende a toda a região vizinha adjacente entre outras localidades. O maior número de atendimentos nesta unidade concentra-se em atendimentos ambulatoriais e pequenas emergências envolvendo curativos, suturas e engessamento.
As especialidades disponíveis no Hospital São José, além do clínico geral, são: cardiologia, fonoaudiologia, psicologia, endocrinologia, psiquiatria, cardiologia, e reumatologia. Dispões de equipamentos para ultrassonografia e raios-x.
No momento, o hospital está passando por obras de ampliação e futura reforma da edificação existente. Não há dados disponíveis sobre a capacidade desta unidade após ampliação.

Unidade Pré-Hospitalar São José.
Fonte:  do autor – 2012

Além desta unidade que é administrada pelo município, existem duas clínicas particulares na área central do subdistrito: a SEMED e a MEDVIDA que atendem por planos de saúde particulares.
De acordo com a Secretaria de Vigilância Sanitária, existem outras clínicas que atendem, mas não estão devidamente certificadas para realizar atendimentos e atendem de forma irregular perante a fiscalização.

3.5.     ABASTECIMENTO E COLETA
A região urbanizada tem sérios problemas com a drenagem das águas pluviais devido ao seu tipo de relevo, a superficialidade do lençol freático, a baixa permeabilidade do solo em diversas áreas e há deficiência ou inexistência de rede de galerias pluviais e dos canais de drenagem. Os principais problemas de saúde da população estão diretamente ligados ao deficiente saneamento ambiental na região.
Em 2008, apenas a área urbana tinha um atendimento próximo de 100%, sendo coletadas cerca de 20 toneladas por dia de lixo em dias alternados, exceto sábados e domingos. Na periferia, a coleta é feita de forma precária. O DISTRITO não possui um local adequado para beneficiamento e aproveitamento do lixo coletado.

3.5.1.               ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Desde 1997(8) a empresa Águas do Paraíba é responsável pelos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos no município. O sistema de abastecimento de água é precário em alguns pontos do distrito de Goytacazes, necessitando de reformas e ampliações nas etapas de captação, preservação, tratamento e distribuição. A rede geral de abastecimento supre apenas 50% dos domicílios com água de razoável qualidade, devido à turbidez e da presença de alumínio, clorofórmio e coliformes em alguns trechos analisados. A rede de esgotamento sanitário não contempla os domicílios desta região. Há evidências de lançamento dos esgotos nos corpos d’água receptores e fossas rústicas que contaminam o lençol freático superficial. A limpeza pública foi terceirizada a partir de junho de 2001 ficando o controle a cargo da Secretaria de Limpeza Pública. Contudo, precisa ser otimizada e ampliada, nas etapas de coleta, transporte e destinação final.

3.5.2.               COLETA, TRATAMENTO E DESTINO DO ESGOTO
3.5.3.               REDES DE ABASTECIMENTO DE GÁS
Inexistentes para as residências. A proposta de canalizar a distribuição de gás da Bacia de Campos para as olarias do Norte e Noroeste Fluminense foi  apresentada pelo deputado estadual Glauco Lopes (PSDB) através das emendas à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e aprovada para integrar o orçamento estadual de 2011. De acordo com uma publicação do site Gás LP no Brasil, as olarias ainda utilizam a lenha na produção da cerâmica vermelha e este uso traz danos ao meio ambiente, pode causar graves prejuízos à saúde dos trabalhadores. O estudo mostra ainda que, baseando-se em dados da Organização Mundial de Saúde, três bilhões de pessoas são afetadas no mundo pelo consumo da lenha, com o registro de 1,6 milhão de mortes ao ano. (http://www.fmanha.com.br)

3.5.4.         REDES DE ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA













3.5.5.               COLETA E DESTINO DO LIXO









Apesar da coleta regular funcionar, existem muitos focos irregulares de acúmulo de lixo, como por exemplo, terrenos abandonados acumulando entulho e vários tipos de rejeitos.
O aspecto das ruas, de uma maneira geral, demonstra falta de zelo e cuidado da administração pública e os moradores por sua vez acostumaram-se com a situação. Poucos se incomodam e tentam fazer algo.
Não há aterro sanitário no subdistrito. O aterro mais próximo fica no distrito sede.


3.5.6.               ACESSO À INTERNET
Existem dois provedores para o subdistrito. Através da Velox e Via Rádio. Como não fez parte da pesquisa de campo, estimamos que somente 40% dos domicílios tem acesso à internet. Entretanto, 90% dos pontos comerciais e industriais tem acesso à internet.

3.6.     SEGURANÇA E LAZER
A manutenção da segurança pública no local é feita por um destacamento de 5 policiais revezando em turnos e sediados em um posto policial na região central de Goytacazes. Não há policiamento particular ou municipal na região, com exceção dos vigilantes em unidades privadas como bancos e pontos comerciais de grande porte.
Não há destacamentos do corpo de bombeiros ou da defesa civil no subdistrito. Em caso de sinistros, será necessário aguardar a ação do corpo de bombeiros sediados no distrito sede.
O lazer da população local concentra-se nas praças São Benedito e São Gonçalo na região central. Eventualmente, há organizações para formação de times de futebol local para jogos eventuais no Esporte Clube São José, ao lado da Usina São José além de jogos de várzea nos campos de futebol ao redor do subdistrito. São 4 campos de futebol no total.
Sazonalmente, há festas típicas na região. Na área adjacente a Casa de Cultura há a tradicional Rancheirada que é uma festa junina com várias barracas, performance de cavaleiros e apresentações musicais.  Outras festas importantes acontecem no Solar do Colégio, na Praça São Gonçalo e em Ponto da Cruz.
Outro ícone de lazer importante para Goytacazes é o Clube Recreativo de Goytacazes que é usado para diversos tipos de shows e apresentações, sendo usado também pelas escolas e associações locais.


4.      RELAÇÕES DE PRESSÃO E IMPACTO
Antes de qualquer planejamento, alguns pré-requisitos devem ser atendidos. Para a elaboração do POT, dados e fatos devem ser pesquisados e investigados para balizar o estudo e a execução.
Pode-se concluir que, com um quadro analítico coerente como o modelo DPSIR, e um conjunto sólido, detalhado e relevante para a política de indicadores, o tomador de decisão tem tudo o que é necessário para começar um bom trabalho.
Infelizmente, a experiência mostra que fundamentadas as decisões não são necessariamente boas decisões. Mesmo um sistema perfeito com bons indicadores não garantem que de repente todos os erros que nossas sociedades tenham cometido no passado poderiam ser evitados. Por vezes, gestores ou administradores bem informados são forçados a tomar decisões erradas contra sua vontade em função de um cenário político tendencioso ou políticas antagônicas às necessidades da sociedade.


Neste trabalho apresentaremos somente as Forças Motrizes, Pressão, Estado e Impacto. As Respostas deverão ser apresentadas no próximo período letivo.


4.1.     SPIR Geral:
O subdistrito encontra-se esquecido pelos órgãos públicos, e nem ao meio as expectativas de crescimento do município, pode-se observar algum planejamento específico para Goytacazes. Sua população que durante muitos anos vivia em função das usinas e olarias, hoje planeja a sua vida em função do complexo portuário, que desde já é uma grande fonte geradora de emprego.
Muitos dos moradores possuem uma vida bem simples e gostam da localidade em que moram, porém estão sempre indo e vindo para Campos ou distritos vizinhos, em função de emprego, atendimento a saúde e até mesmo para concluir o estudo de ensino médio e superior.
A política na região pela população é tratada com muita seriedade, e muitos nem mesmo quiseram compartilhar informações com as pesquisas com medo de se envolver.
Com pouca opção para o lazer, Goytacazes acaba tendo as praças e o clube como locais principais e algumas festas anuais como eventos, que algumas são tão específicas que fazem parte da cultura do local.
Um plano de ordenamento para o local ajudaria o subdistrito a se preparar para os 10 anos seguintes, visando somar seu crescimento junto com todo o seu município.

4.1.        4.2. Análise do Meio Ambiente:
























      







5. CONCLUSÃO
O 4º Subdistrito de Campos dos Goytacazes, denominado Goytacazes, é um local bucólico cortado por uma estrada extremamente movimentada e de grande importância para a região servindo de escoamento para as usinas e olarias além do transporte de passageiros com destinos variados atendendo a demanda por educação, saúde e lazer.
Há expectativas da população local quanto a investimentos em função do crescimento populacional devido às obras do Superporto e das alterações viárias que cruzarão o subdistrito trazendo para lá investimentos preciosos assim como valorização dos imóveis podendo torna-la importante sob o ponto de vista imobiliário. Partindo desta expectativa, passa da hora do poder público se preocupar realmente com um Plano de Ordenamento Territorial adequado impedindo discrepâncias urbanas transformando esta área em um modelo a ser seguido.
Outro ponto que nos chama muita atenção é a necessidade de tirar do centro de Goytacazes o trânsito pesado de veículos, visto que há áreas alternativas que poderiam ter estradas circulando a área urbana com pistas adequadas em duas vias. Não achamos adequada a decisão de duplicar simplesmente a RJ-216 mantendo o mesmo traçado existente.
Importante ressaltar também que o subdistrito apresenta flagrantes contrastes entre a região mais urbanizada e a região rural. Observa-se que problemas de infra estrutura já existem, mesmo em áreas de manchas populacionais maiores, mais próximas de serem consideradas consolidadas.
Algumas áreas não possuem sistema de água potável e na maioria não possuem coleta de esgoto sanitário. As estradas auxiliares não são pavimentadas e o sistema de mobilidade urbana muito deficiente. Estas regiões são também carentes de lazer, e assistência médica mais efetiva.
Os sistemas de educação do município e do estado são eficientes embora já estejam no seu limite máximo de atendimento.
Existe ainda por parte da população a preocupação em manter suas tradições, sua cultura, frente ao desenvolvimento futuro.
A escolha deste local para realização do trabalho se mostrou pertinente e importante para o conhecimento de nossa cidade ou do lugar que vivemos, entretanto, aprendemos mais sobre as dificuldades de acesso às informações do que sobre as informações propriamente ditas. Cabe ressaltar que a qualidade final está comprometida por falta de informações consistentes ou atuais, apesar de sabermos que as secretarias visitadas ou consultadas detinham estas informações, entretanto, não houve boa vontade por parte destas secretarias em nos atender impondo condições burocráticas para nos prestar informações. Aproveitamos para elogiar o posto do IBGE em Campos que por telefone nos prestou excelente atendimento e foram extremamente atenciosos.
Quanto a falta de organização e falta de informação nas secretarias e no site da prefeitura, alerto que descumprem a lei LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 que dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações. Portanto, esperamos que esta prefeitura cumpra em breve esta legislação com o único objetivo de fomentar iniciativas futuras para o desenvolvimento de nossa cidade.

5.1.     SUGESTÃO PARA AS PRÓXIMAS TURMAS
Acreditando estar contribuindo para o desenvolvimento desta disciplina e da Universidade, sugerimos que o diagnóstico de distritos ou subdistritos de forma isolada seja procedimentado indicando os setores públicos que devem ser envolvidos na pesquisa para evitar frustração e desmotivação dos estudantes nestas pesquisas. Os setores públicos municipais não têm condições ou estrutura para atender o público estudantil quando se trata de pesquisa e levantamento de dados. Além disto, a investigação deve ser feita pela turma com orientação de profissional habilitado ou qualificado para tal evitando dispersão ou perda de foco na pesquisa.
Queremos aproveitar também para sugerir à disciplina de Tecnologia do Restauro que considere uma edificação histórica em Goytacazes. Trata-se de uma residência que pertenceu ao Embaixador Jayme de Barros. Ele foi jornalista e crítico, dos primeiros a identificar o talento de Procópio Ferreira. Como diplomata, foi o divulgador de nossa gente e nossa cultura em Paris, Buenos Aires, Nova Iorque, São Domingos e Praga. Nestas cidades, a casa de Marina (sua mulher) e Jayme, eram a casa de Villa-Lobos, Gilberto Amado, Portinari, Rubem Braga, Augusto Frederico Schmidt, San Thiago Dantas, Guilherme Figueiredo, José Lins do Rego, Jorge Amado, Austregésilo de Athayde, Marly e José Sarney, Jamille e Israel Pedrosa, Ceschiatti, Antonio Bandeira, Frank Shaeffer, Scliar e tantos outros. Foi o brasileiro que mais conviveu com os artistas da chamada Escola de Paris. Sem sua ajuda (e a de Pietro Maria Bardi) Assis Chateaubriand jamais teria comprado a coleção que hoje situa o MASP como importante referência mundial das artes. Nesta época do pós-guerra (1946/9) formou uma belíssima coleção pessoal que mais tarde chegou a mexer com os brios de David Rockfeller. Monet, Van Dongen, Vlaminck, Utrillo, André Lhote, Dufy, De Pisis, Marie Laurencin, Renoir e Portinari iluminaram as paredes do embaixador, fazendo a alegria dos seus convidados, durante muitos anos, por onde ele bem representou o Brasil e, depois, no apartamento da rua Miguel Lemos 10, em Copacabana.



Achamos importante esta história e sua origem. A sugestão baseia-se no fato de que qualquer cidadão pode solicitar o tombamento de um imóvel histórico e para o fim que se destina, seria um exercício interessante que uma turma da UNIFLU levasse adiante o projeto para tombamento da residência do Embaixador Jayme de Barros.



6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: SENAC, 2000.
 OMT – Organização Mundial do Turismo. Turismo Internacional: uma perspectiva global. 2. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2003.
 TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Turismo Básico. São Paulo: Senac, 2002.
http://www.portalabpg.org.br/PDPetro/3/trabalhos/IBP0181_05.pdf
Benévolo, L. (1987). As Origens da Urbanística Moderna. Colecção Dimensões, n.º 10, 2ª Edição. Lisboa: Editorial Presença.
Silva, P. R. & Cruz, R. V. (1994). Sociedade e Território. Revista de Estudos Urbanos e Regionais, n.º 22, 1995. Os territórios planeados, os que não são, e os planos directores supostamente para todo o território (pp. 38-46).
Tavares, D. (1980). Da Rua Formosa à Firmeza. Colecção: Textos Teóricos 4, 2ª Edição, 1985. Porto: Edições do Curso de Arquitectura da E.S.B.A
http://www.campos.rj.gov.br; http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/3301009;
http://www.ampla.com/para-sua-cidade.aspx;
http://www.ibge.gov.br/home/download/estatistica.shtm
http://www.llx.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=162&lng=br
http://portal.inep.gov.br/institucional-guia_sistemase
http://www.visaosocioambiental.com.br/site/index
http://www.sebrae.com.br/uf/rio-de-janeiro
http://www.portalodm.com.br
Lei Orgânica, Código de Obras e Plano Diretor do Município de Campos.
PNOT (Política Nacional de Ordenamento Territorial)