sábado, 10 de dezembro de 2011

ECLETICISMO OU ECLETISMO

Descrição de acordo com o Babylon:
e.cle.tis.mo  sm (gr eklektismós) 1. Método filosófico ou científico que reúne diversas teses conciliáveis entre si, compendiadas de sistemas distintos, prescindindo do que eles têm de incompatíveis. 2. Escola filosófica representada pelo francês Vítor Cousin, segundo a qual há em todo homem um ''sentido da verdade'', que lhe permite descobrir um fragmento ou aspecto da verdade total. 3. Hábito ou liberdade de escolher o que se julga melhor, na política, nas artes etc. Var: ecleticismo.

De acordo com o Wikipédia, Ecletismo ou Ecleticismo é um método científico ou filosófico que busca a conciliação de teorias distintas. Na política e nas artes, ecletismo pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem a apegação a uma determinada marca, estilo ou preconceito.
Pode ser considerada também uma reunião de elementos doutrinários de origens diversas que não chegam a se articular em uma unidade sistemática consistente.
Abordagem filosófica que consiste na apropriação das melhores teses ou elementos dos diversos sistemas quando são conciliáveis, em vez de edificar um sistema novo.
ARTES PLÁSTICAS
O Ecletismo é uma tipologia da arquitetura desenvolvida durante a segunda metade do século XIX. Em termos internacionais assiste-se atualmente a uma certa separação entre o Romantismo e o Ecletismo. Este, apesar de ser historicista, já não é uma verdadeira viagem para o passado, tentando copiar ou interpretar modelos históricos, mas uma tentativa de ultrapassar a estagnação sentida pelos arquitetos em relação aos revivalismos. É a arquitetura ensinada nas escolas de belas artes, recebendo em certos países a denominação “beaux-arts”, de certo modo perdida na convicção de que o estilo é mais importante que a técnica. O resultado foi uma tentativa de inovar modelos definidos anteriormente através da mistura de vários estilos. Os arquitetos, dispersos em noções de arte e artista ultrapassadas, mas agarradas a concepções vindas do Renascimento, executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração e relegando a questão técnica para os engenheiros. Estes, preocupando-se essencialmente em superar os desafios técnicos impostos pelas necessidades surgidas com a industrialização, dão origem ao capítulo mais original da arquitetura do século XIX – a chamada arquitetura do ferro. Na época era vista como técnica pura aplicada a obras de engenharia. Assim, na tentativa de agradar ao gosto comum, executavam obras em ferro respeitando os historicismos e, frequentemente, encaixados em construções ecléticas como as estações de caminho-de-ferro, revelando uma adaptabilidade completamente nova na história da arquitetura. Quando se fala de Ecletismo é ainda fundamental fazer referência ao fato de se ter assumido como um estilo típico das grandes fortunas burguesas. O século XIX marca, finalmente, o triunfo da burguesia sobre a nobreza, devido às grandes fortunas surgidas ao longo do século e, frequentemente, como consequência do seu espírito empreendedor na indústria, banco e comércio. O Ecletismo torna-se o estilo artístico preferido desta burguesia triunfante, ostentando a prosperidade económica na arquitectura. A utilização de um luxo desmedido, recorrendo à escultura, pintura e artes decorativas até à exaustão, levou a que frequentemente fosse designada como “Arquitetura Bolo de Noiva” e elegendo o Palácio Garnier da Ópera Nacional de Paris como a sua realização máxima.
 Ópera Garnier - Paris (interior)

Ópera Garnier - Paris


ECLETICISMO NO RIO DE JANEIRO

Em fins do século XIX e início do  XX observamos um período de avanços técnico-cientificos que, no Brasil, vieram de encontro à instauração de um novo regime político que precisava concretizar a imagem de um governo forte, estável e moderno; para isto a reorganização do espaço urbano teria grande utilidade. Foi neste contexto que, na arquitetura, o Ecletismo, um movimento estético, surgido na primeira metade do século XIX na França, que emprega vários estilos de construção em um mesmo prédio, atingiu seu apogeu no Brasil.
O ecletismo funcionou como forma de justificação da republica, isto por possibilitar uma arquitetura mais atualizada, tecnicamente elaborada e com mão-de-obra especializada, neste sentido preenchia os ideais positivistas de cientificidade e avanços tecnológicos.
No campo do imaginário assemelhava o Rio de Janeiro à Paris, que também tinha sofrido com problemas urbanísticos e populacionais, que foram solucionados através de poderes ditatoriais do prefeito Hausmman, boa parte da cidade foi demolida para depois ser reconstruída em estilo eclético, isto na metade do século XIX. Além de contribuir significativamente para a sistematização do ensino da disciplina no país, isto porque exigia de seus arquitetos conhecimento sobre as mais variadas formas de construção.

No site http://www.coseac.uff.br/cidades/camposturismo.htm podemos ver o seguinte texto sobre a nossa cidade:
"Campos é considerada a segunda cidade do Brasil em arquitetura eclética, tendo a frente o Rio de Janeiro, mas possui a vantagem de possuir um conjunto compacto. Além do eclético outros estilos marcam a arquitetura campista, principalmente o neoclássico e o art-noveau. Também se destaca a arquitetura religiosa, rica em exemplares que vão do barroco ao moderno.

Então, juntando tudo isso, onde termina o pastiche e começa o ecletismo, ou vice versa? Alguém pode me ajudar?

O PARADIGMA DO PASTICHE

No último dia letivo na faculdade eu fazia a apresentação de um trabalho o qual valia a minha alforria às férias quando fui atropelado durante a apresentação com o oportuno comentário da professora: -“Mas isto é pastiche!”. Eu não sabia se ria ou chorava, pois eu não tinha a menor ideia do que ela falava. Ainda bem que a curiosidade também nos move e um colega perguntou: -“O que é isso?”
Resumindo o que entendi, a professora quis dizer que era uma ofensa visual ao estilo da arquitetura local ou até excesso de estilos para um mesmo local. Eu percebi que os meus colegas até gostaram do projetinho apresentado mas a professora não ficou nada satisfeita. E eu muito menos, pois não sabia, como ainda não sei, se ela estava sendo conservadora, crítica ou limitada ao paradigma do Pastiche.
Como eu tenho o grave defeito de não absorver muito bem as críticas, repliquei com veemência  explicando que as soluções adotadas pelos arquitetos são parecidas, variando muito pouco, para este tipo de desafio o qual nos foi dado. Mesmo assim, se valendo de sua enorme experiência no ramo, ouvi a mestra dizer que estes arquitetos imprimem nestas soluções o que há de mais moderno com soluções arrojadas mostrando uma tendência natural. Só que no meu cérebro as palavras que ecoaram são outras: “A sua criatividade está limitada a paradigmas e tendências modernas. Não faça diferente.”
Sei que posso estar exagerando ou me transformando num rebelde, remando contra a maré ou o que valha, mas mesmo assim prefiro continuar pensando com o que há entre as minhas orelhas.
Não muito feliz, continuei a minha apresentação com a participação de mais três colegas que faziam parte do grupo de trabalho. Neste grupo coube a mim projetar a solução enquanto eles fizeram a pesquisa e montaram o resto. Continuei infeliz mesmo depois da apresentação, pois eu não quis torturar a professora com a avalanche de perguntas e argumentos que me vinham à cabeça.
Outra coisa que me causou indignação foi saber neste mesmo dia, assim como toda a turma, a nota do primeiro bimestre. Ou seja, no último dia de aula com uma apresentação que vale ponto, soubemos se ficamos para recuperação ou não, se faremos prova final ou não, se estamos ferrados ou não. Continuo indignado, pois ainda não sei, e mesmo que passe direto continuarei indignado, pois considero falta de respeito com os alunos.
Por fim procurei o termo Pastiche nos dicionários e na internet. Achei coisas interessantes a respeito e deixo aqui “coladas” em resumo para compartilhar com vocês:
Etimologicamente derivado da palavra italiana pasticcio (massa ou amálgama de elementos compostos), pastiche era aplicado pejorativamente, no campo da pintura, a quadros forjados com tal perícia imitativa que procuravam ser confundidos com os originais. O conceito viajou para França e pasticcio converteu-se no galicismo pastiche, no século XVIII.
Deliberadamente cultivado por inúmeros autores, o pastiche afirma-se como a escrita “à maneira de”. Faz uso de processos como a adaptação (modificação de material artístico de género para género e de uma forma para outra distinta), a apropriação (o empréstimo deliberado), a bricolagem (a criação a partir de fontes e modelos heterogéneos) e a montagem.
O pastiche reveste-se de um caráter ambivalente, ao aproximar-se da paródia e da sátira, realizando-se num misto de homenagem. Consubstancia-se frequentemente num exercício capaz de estimular a atividade imaginativa, numa prática lúdica e formadora.
Babylon - Pastiche é uma criação, baseada numa outra obra já existente, que serve de base para um resultado original em que nada se assemelha ao plágio. É uma copia grosseira de uma obra literária ou artística.
Infopédia - imitação ou decalque de uma obra literária ou artística, frequentemente com objetivos satíricos ou humorísticos.
Wikipédia - Pastiche é definido como obra literária ou artística em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc.
O pastiche pode ser plágio, por isso tem sentido pejorativo, ou é uma recorrência a um gênero. Modernamente, o pastiche pode ser visto como uma espécie de colagem ou montagem, tornando-se uma paródia em série ou colcha de retalhos de vários textos. Nem sempre é grosseiro, como demonstra o romance Em Liberdade, de Silviano Santiago, que é pastiche do estilo de Graciliano Ramos
Minidicionário de Dermival Ribeiro – Pintura em que se imita, geralmente mal, a maneira de outro pintor; Obra literária em que se procura imitar escritor célebre; Qualquer obra literária ou artística resultante de várias fontes; Mistura, mixórdia.
Minidicionário Soares Amora – Obra grosseiramente imitada de outra; espetáculo montado com fragmentos de diversas obras.
As descrições acima não deixam dúvidas sobre as “diversas” aplicações do termo que foi muito bem esclarecido pela Mestra em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade, da UFSC, Fatima Regina Althoff, em um trabalho apresentado no primeiro Seminário Internacional História do Tempo Presente em Florianópolis, neste ano de 2011. O título de seu trabalho é “Renovação, reconstrução e pastiche – a ânsia de reproduzir a arquitetura do passado no presente”. Da página 7 em diante ficou claro para mim que o que fiz foi apenas uma caracterização alusiva, nem mais, nem menos. Daí a ser pastiche, teria que me esforçar mais.
De qualquer forma, pensando e analisando calmamente sobre a proposta que eu e meus colegas apresentamos, concordo que chamaria bastante atenção e até faria certo sucesso junto à população que apenas vê os prédios. Para quem vê arquitetura, haveria mais críticas que elogios. Mas a polêmica é válida para instigar reavaliação de conceitos.
A solução de criar um anexo ao lado de um prédio histórico e propor utilização para este pequeno complexo coube ao grupo esta tarefa. No entanto, várias regras não foram totalmente esclarecidas assim como a orientação foi pobre para o desenvolvimento desta empreitada. Mais uma vez, falha o programa de ensino.

sábado, 13 de agosto de 2011

ANARQUITETURA

Academia Culpada de todos os crimes e vilanias do passado (ver também Mercado).
Acadêmico Deve vir acompanhado de "ranço". Arquitetos acadêmicos usavam cartola e namoravam cariátides. Niemeyer teve uma formação acadêmica.
Aleijadinho Gênio mulato. Barroco mestiço. Há obras falsas atribuídas a ele. Morreu na miséria.
Aquecimento Seguido sempre de "global" ou "do mercado imobiliário".
Arquitetura brasileira Sua qualidade decaiu a partir da década de 1960.
Art-déco Uma "outra arquitetura moderna".
Automóveis Atacá-los: prova de consciência urbana e ambiental. Possuir um modelo potente: prova de sucesso na profissão.
Barroco mineiro Três fases, segundo os modelos de retábulos: nacional português, joanino e rococó. Ah, os porres tomados nas cidades históricas, nos tempos de estudante... É de bom tom ter opinião a respeito do hotel do Niemeyer em Ouro Preto: "Rompeu o tecido histórico!", ou "Uma obra prima do diálogo entre o moderno e o tradicional!".
Brasília Ponto de inflexão da arquitetura moderna brasileira. Cidade para o automóvel. Interiorizou o País. Destruiu o bioma cerrado. Símbolo da urbanização excludente.
Cidades Só um amplo processo democrático pode garantir a qualidade das nossas cidades.
Concurso O meio mais justo para definir a qualidade de uma obra. Aceitar vitórias com alegria discreta. Em caso de derrota, escarnecer os organizadores e a comissão julgadora. Citar casos escabrosos de favorecimentos, mas só para audiências seletas e em voz baixa. Niemeyer não participa de concursos devido ao "notório saber".
Crítica Somente arquitetos podem criticar obras arquitetônicas. Por questões éticas, um arquiteto jamais deve criticar um colega.
Decoradores Servidores da elite. Só pensam em tendências e no mercado. Quando um decorador for citado, demonstrar que não sabe quem ele é.
Desenho Todo grande arquiteto desenha bem. Walter Gropius não desenhava bem? É uma exceção que confirma a regra...
Escola carioca Livre, leve, sinuosa, sensual, barroca, o traço solto, as curvas da mulher amada. Arquitetura é arte. Rir das empenas cegas dos paulistas: "lá, a paisagem é uma parede!" Usar mocassim sem meia, para demonstrar informalidade. Em documentários, mostrar trechos de filmes de 1950 e 1960, acompanhados de bossa nova. Fugir das explicações e teorias complexas, ou fica parecendo coisa de paulista.
Escola paulista Mais pesada. Concreto à mostra. Arquitetura é uma ciência social. A análise do contexto histórico é necessária para esclarecer as posturas do Artigas. Insistir que "não existe esse negócio de escola paulista ou carioca".
Escolas de arquitetura Nivelam por baixo. Os nivelados são sempre os outros.
Idade Média "Teocêntrica" (oposta ao Renascimento, que era "antropocêntrico"). Canteiro participativo, sem a arrogância do "autor".
Le Corbusier Cinco pontos da arquitetura moderna. Duas fases: purista e brutalista. Não tinha o que fazer, então sobrava tempo para publicar livros. "Já dizia Corbusier: a arquitetura é o jogo sábio, etc., etc.".
Mercado Culpado de todos os crimes e retrocessos arquitetônicos do tempo presente (ver Academia).
Momento atual Frases de efeito: "desenha-se um novo cenário de desafios e demandas na área da arquitetura"; "A arquitetura brasileira atravessa um momento delicado".
Produção científica Papel A4, margem superior 3,5 cm, margem inferior: 2 cm; esquerda: 3 cm; direita: 2 cm. Fonte Arial (tamanho 12) ou Times New Roman (tamanho 13). Em vez de "mudança" ou "alteração", preferir "momento de inflexão", que soa mais científico.
Professores "Você trabalha com arquitetura ou só dá aula?"
Projeto Planta, corte, elevação, perspectiva. É necessário dar um toque especial aos projetos, para fugir do lugar-comum.
Starchitects Criadores de elefantes brancos. Obcecados com a imagem dos edifícios. Atacá-los, sempre: "Isso não é arquitetura, é uma fogueira das vaidades".
Sustentabilidade "As instituições de ensino não preparam arquitetos aptos a enfrentar os desafios globais da sustentabilidade."
Teoria A teoria na prática é diferente. A teoria não paga as contas no final do mês. >Teóricos: Palermas; sonhadores; utópicos. Não conseguem deixar edifícios em pé. Todos os grandes arquitetos eram grandes teóricos.
Vitrúvio Firmitas, Utilitas, Venustas. Leonardo desenhou o homem vitruviano.

FONTE: http://www.revistaau.com.br//arquitetura-urbanismo/209/a-flaubert-226535-1.asp

domingo, 31 de julho de 2011

TECNOLOGIA VERDE

HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELETRICIDADE
O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.

BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES
Todas as luzes e os sons de uma balada gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL
Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d’água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

UNIVERSIDADE CONSTROI TELHADO VERDE
O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA
Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado eu ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.

DESIGNER CRIA CHUVEIRO QUE O OBRIGA A SAIR QUANDO JÁ DESPERDIÇOU MUITA ÁGUA
O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma ducha relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incômoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.








DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR ENERGIA

Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de sutis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e tátil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.






EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO
Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.

DESIGNER CRIA CARREGADOR DE IPHONE ALIMENTADO POR APERTO DE MÃO
Eis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de You can work.














FONTE: Recebido por email de um professor que faz parte do Clube dos Engenheiros Civis: http://groups.google.com.br/group/ClubedosEngenheirosCivis?hl=pt-BR

sábado, 9 de julho de 2011

PRANCHA RESUMO


                Para os arquitetos, prancha é uma tela ou papel em formatos específicos que podem variar do formato A0 (841 mm x 1188 mm) ao formato A4 (210 mm x 297 mm), ou ainda adotar outros formatos fora deste padrão desde que coerentes à proposta da prancha resumo.
A definição conhecida para uma prancha resumo é a síntese de todo um projeto ou ideia em uma única prancha contendo todas as informações importantes sobre o projeto ou ideia de forma que o público possa entender a proposta arquitetônica. Deve ter uma apresentação gráfica adequada ao entendimento com uma breve descrição textual da proposta, fotos, desenhos simplificados, localização e outras informações importantes com algumas imagens tridimensionais.
Na conclusão do quinto período de arquitetura, turma da qual faço parte, até então, eu e uma colega apresentamos nosso trabalho em dupla assim como todos os outros colegas da turma. Vários projetos foram apresentados e todos eles muito bons com um nível excelente considerando que meus colegas são muito jovens em sua maioria. O tema deste trabalho foi o projeto de um Centro Cultural. Lógico que durante o período todos focamos esforços em entender o que é um centro cultural e cada dupla fez sua proposta adaptada a bibliotecas, música, teatro, arte popular, entre outros.
A nossa proposta, minha e da colega, foi mais voltada ao fim do que ao meio, ou seja, o projeto foi focado em apresentar uma solução arquitetônica factível de baixo custo com fim lucrativo. Seu principal objetivo será fomentar a paixão ao ensino. Não pensamos em projetar nada impressionante do ponto de vista arquitetônico, mas não nos furtamos de acrescentar elementos e detalhes que manifestassem uma certa personalidade ao resultado carregando nas cores e acrescentando detalhes. Em suma, projetamos uma ideia e não uma edificação. Projetamos para nós mesmos e para o público e não para outro arquiteto.
Batizamos este projeto de Sindicato Cultural e redigimos o memorial descritivo como segue:
SINDICATO CULTURAL
A INSTITUIÇÃO
O Sindicato Cultural será assim denominado, pois tem como objetivo básico zelar pelos profissionais que vivem para a divulgação de nossa cultura assim como educam as novas gerações nas mais diversas instituições de ensino da região norte fluminense.
O OBJETIVO
É uma instituição com fim lucrativo que converterá seus lucros em capacitação e treinamento de educadores, diretores de escolas e proprietários de escolas particulares. Oferecerá também para o público em geral cursos de capacitação em fotografia profissional, pintura, música e iniciação em alguns estilos de dança. Para a população comprovadamente carente será oferecido 25% de todas as vagas nestas oficinas de treinamento e capacitação. Serão oferecidos seminários periódicos voltados aos educadores sindicalizados e convidados.
ESTRUTURA
O complexo institucional é composto por três blocos:
Bloco 1: é o bloco original existente que foi reformado para acomodar a administração do Sindicato Cultural preservando o salão superior que poderá ser usado para eventos promovidos pela direção ou poderá ser alugado para eventos privados;
Bloco 2: é o bloco novo com três pavimentos. Tem um restaurante “a la carte” no térreo, no primeiro pavimento estão as oficinas de fotografia, pintura, música, e uma sala multiuso. No segundo pavimento há uma biblioteca, a sala da curadoria, um auditório para seminários e palestras para 72 pessoas e um salão de exposição permanente;
Bloco 3: é um bloco existente nos fundos com dois pavimentos. Funcionará basicamente como área de lazer dotada de lanchonete e sauna no térreo e um salão de dança no pavimento superior. A lanchonete poderá ser usada por todos os frequentadores assim como poderá ser usado para eventos ao ar livre promovidos pela direção ou alugado para eventos privados.
FUNCIONAMENTO
As oficinas funcionarão em horários diferentes para evitar congestionamento de salas e de estacionamento. A oficina de dança funcionará sempre no horário noturno, a oficina de fotografia no horário matutino e as outras na parte da tarde.
A biblioteca é acessível somente aos sindicalizados cadastrados e o restaurante funcionará para almoço diariamente e jantares previamente marcados, sendo acessível ao público de uma maneira geral.
As palestras e seminários serão agendados e oferecidos de forma sistemática e divulgados através dos principais meios de comunicação. Alguns convites específicos serão enviados para instituições de ensino e professores.
O Sindicato Cultural é dotado de um sistema de segurança e vigilância adequados à movimentação que um centro cultural tem, portanto há uma sala exclusiva somente para gravar e monitorar toda a movimentação de pessoas.
Todo o staff tem na instituição locais adequados para prestar apoio ao público assim como há logística planejada para manter a instituição funcionando com todas as atividades propostas.
Se você teve paciência de ler tudo até agora, então posso aguçar sua curiosidade para expor o motivo de ter explicado tanto sobre este trabalho.
Durante a minha vida acadêmica até a apresentação deste trabalho aos professores tive como comprovar o quanto é importante um “Sindicato Cultural” nas cidades. Eu pude sentir o quanto estão despreparados ou desinteressados para ensinar, orientar e avaliar. Não só os professores que conheci assim como os professores dos meus filhos, com algumas exceções, claro.  O despreparo tem sua fonte nas instituições de ensino que tem uma grande parcela de responsabilidade e o desinteresse pode ser provocado por vários motivos passando por remuneração até a falta de afinidade com a arte do ensino.
É claro também que todos têm suas qualidades e não quero em hipótese alguma desmerecer ninguém, mas mesmo assim há carências.
Indo ao fato da minha manifestação, indignei-me com as críticas aos trabalhos apresentados. As críticas devem ser colocadas, mas não da forma que foram. Acredito que deveriam ser mais cuidadosos e criteriosos com as críticas de preferência seguindo um roteiro que deveria ser conhecido pelos alunos, pois a manifestação inadequada de um professor pode ter um peso considerável na motivação de um aluno. Alguns não se abalam, mas outros podem, dependendo do caso, até desistir do curso.
Incomodei-me com as poucas críticas feitas ao projeto do “Sindicato Cultural”. As críticas foram pautadas nas cores usadas. Eu e minha colega discordamos totalmente das colocações. Posso resumir estas críticas: - “estilo anos 80”, - “cores desconexas”, - “carregado nas cores” e só. Fiquei esperando críticas ou comentários relevantes quanto à solução arquitetônica e não tive. Também nada ouvi a respeito do projeto ou nenhum tipo de elogio, pois por pior que seja o projeto, alguma coisa boa deveria ter.
Em defesa das decisões tomadas por mim e pela minha colega, tenho a dizer que um Centro Cultural preza pela multiculturalidade e nada representa melhor isso do que o “Olodum” de cores. Além disso, nas cidades as edificações são sempre em tons pastel, branco, bege, verdinho, salmão, etc. Está faltando cor nas cidades.
Falando de solução arquitetônica, porque todos os projetos devem ser espetaculares e revolucionários? Preocupa-me o fato de estarmos buscando sempre fazer projetos fabulosos e esquecermos o simples e bonito. Eu quero projetar coisas bacanas e maravilhosas, mas antes de tudo que possam ser construídas, pois serão economicamente viáveis. Não concordo com a tirania da vaidade e me recuso a adotar a postura de projetar para outro arquiteto. Eu vou projetar sim, mas para o público, para o povo e para o amante desta arte. Não devemos nos preocupar em classificar em neo, pós, pró, moderno, contemporâneo, clássico isso ou aquilo. Hoje, o que projetarmos, deve ser o resultado do que somos e do que sentimos somado às necessidades urbanas ou individuais. Não podemos deixar que nos digam o que sentir ou o que pensar, mas devemos aprender e aprender bem como fazer tecnicamente e canalizar nosso potencial para fazer o melhor possível.
Não me esqueço de certo professor no primeiro período que perguntava sempre: “Está gostando do que está fazendo? Se está gostando, então está bom.”