Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Planejamento Urbano
e Regional I – Campus II do Centro Universitário Fluminense – Campos/RJ, para
conclusão do 7º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo.
3. PERFIL
SÓCIO-ECONÔMICO
3.1.
DESCRIÇÃO
A
pesquisa feita pelos grupos foi pautada conforme questionário mencionado como
um dos métodos de pesquisa com o objetivo de traçar o perfil das condições
socioeconômicas dos moradores da região:
Estratificando
os maiores valores da pesquisa, podemos afirmar que a característica das
residências familiares são próprias, cobertas com lajes, contendo uma
edificação por lote em bom estado de conservação com 5 cômodos em média e um
banheiro, abastecidas com água encanada, o esgotamento é feito por fossa
séptica ou rudimentar, alimentadas pela rede geral de energia elétrica,
contempladas por coleta regular de lixo, com 4 moradores em média por
residência, a faixa etária predominante é entre 31 e 45 anos de idade, renda
média familiar entre 1 e 3 S.M., usam transporte público, atendidos em sua
maioria pela UPH São José (unidade municipal) e percebem que os maiores
problemas da população local estão concentrados na carência do atendimento à
saúde e falta de sistema de coleta de esgoto.
Uma
observação importante é que a maioria não soube informar ao certo se tinha
fossa séptica ou rudimentar sendo registrado o que foi informado, mas moradores
mais experientes afirmam que raramente será encontrada fossa séptica na região.
Foi
observado também em alguns bairros a construção de fossa coletiva em locais
distantes das residências, mas são raras.
Conforme
observado no local, a maioria da população apresenta baixo grau de escolaridade
devido à falta de oportunidade ou até mesmo pela distância da escola em relação
ao local onde residem. As pessoas que moram em setores mais distantes da área
central do distrito trabalham em sua maioria na área rural, construção civil,
olarias, prestação de serviços, atividades informais, entre outros. Na área
central do subdistrito de Goitacazes pode-se observar que as profissões
exercidas pelos moradores são diferentes, tais como comerciantes, professores,
bancários, profissionais da saúde, profissionais da área do petróleo e
microempresários. Notou-se também que pessoas de outras localidades possuem
propriedade rural no distrito de Goitacazes, levando renda para o mesmo através
da geração de emprego.
3.1.1.
POPULAÇÃO
Assim
como no município e no país, há mais mulheres que homens na região de
Goytacazes e apenas 1% aproximadamente do 46.198 habitantes (IBGE/2010) vive na
área rural.
3.1.2.
FAIXA
ETÁRIA
A
população etária predominante situa-se no grupo entre 40 e 50 anos de idade o
que indica que em breve o número de idosos será muito maior que a população
jovem em função da queda de natalidade.
PROJEÇÃO
DA POPULAÇÃO: As figuras a seguir representam a evolução populacional projetada
a cada 10 anos a partir de 2010. O lado azul representa a quantidade de homens
por idade e o lado magenta representa a quantidade de mulheres por idade.
Esta
projeção é um excelente indicador para mostrar as respostas que a administração
pública e a população devem elaborar para adaptar ou prover recursos que
atendam o aumento de número de idosos ao longo dos anos, indicando também ações
para mitigar doenças típicas das faixas etárias e propostas ocupacionais para
aproveitar o potencial laboral da população idosa e experiente.
Atualmente,
a taxa de crescimento populacional no município é de 1,31% ao ano
(www.portalodm.com.br).
Projeção da População /
Situação Atual.
Fonte: IBGE - 2011
3.1.3.
RENDA
De
acordo com o demonstrativo estratificado pelo IBGE, a maior parcela dos
trabalhadores tem renda mensal entre ½ e 2 salários mínimos. Já a renda domiciliar, ou seja, somando o
ganho dos residentes do mesmo domicílio, a renda mensal domiciliar predominante
está entre 2 e 5 salários mínimos.
3.1.4.
ESCOLARIDADE
De
acordo com levantamento feito pelo IBGE, 95% da população de Goytacazes está
alfabetizada, entretanto, 80% dos adultos não completaram o ensino médio.
3.1.5.
PERFIL
A
população de Goytacazes caracteriza-se por residirem em domicílios próprios.
Aproximadamente 90% dos domicílios são próprios e a média de 3,3 moradores por
domicílio.
3.1.6.
ETNIA
A
cor ou raça predominante na região é a Branca, conforme levantamento do
IBGE/2010.
3.1.7.
RELIGIÃO
As
principais igrejas no subdistrito são as igrejas de São Gonçalo e a Igreja São
Benedito no centro de Goytacazes e a igreja Santo Amaro em Donana. Há também
algumas capelas particulares e outras pequenas igrejas de religiões distintas.
Esta região é tradicionalmente católica e segundo estimativa do pároco local e
outros entrevistados, estima-se que os católicos representam aproximadamente
75% da população local. Ficando dividido nos 25% restantes, outras religiões.
Igreja São Benedito,
Igreja nova em construção próximo à Casa de Cultura e Igreja São Gonçalo.
Fonte: do autor – 2012
3.2.
ECONOMIA.
A movimentação financeira gira em
torno do comércio local e o que traz divisas para a região é a venda de
produtos das olarias. Não há investimentos públicos que fomentem o aquecimento
econômico da região que ainda é dominada pelas olarias e usinas de
beneficiamento da cana-de-açúcar. O capital gerado pelas usinas evade para os
investidores externos ficando apenas para a região os salários que são pagos
aos trabalhadores que ali residem e os impostos coletados vão para os cofres do
município.
Há esperança da população de haver
crescimento econômico e investimentos significativos durante e após a
instalação do Superporto do Açu assim como a construção do corredor logístico.
Nos estudos de viabilidade técnica e
econômica do Complexo Logístico-industrial do Açu, a LLX prevê um aumento do
PIB, em cerca de 50 vezes, em São João da Barra e de US$ 13 bilhões (56%) em
Campos dos Goytacazes até o ano de 2025. Neste mesmo período, estes números
equivalem a um crescimento anual de 28,48% em São João da Barra e de 5,45% em
Campos dos Goytacazes. Esta riqueza, ao contrário daquela divulgada há pouco pelo
IBGE para o município, em que inclui a riqueza do petróleo, além dos royalties,
que sequer passa pelo município, produzirá mudanças significativas, caso o
projeto se viabilize do jeito que está planejado.
Este crescimento fomentará diversos
setores da economia e levará o Subdistrito de Goytacazes a reagir por
consequência. O primeiro efeito desta mudança ocorrerá no novo eixo rodoviário
previsto que passará próximo a Goytacazes. Este eixo rodoviário será chamado de
Corredor Logístico que será uma nova estrada passando por fora do distrito sede
em direção leste, próximo a Goytacazes e segue em direção aos pontos
estratégicos para atender à demanda do porto do Açú, conforme figura abaixo.
Projeto para o Corredor
Logístico / Situação Atual.
Fonte: LLX - 2012
Acesso logístico
As empresas que se instalarem no Superporto do Açu serão
beneficiadas com duas alternativas para o transporte ferroviário: a Nova
Linha Mineira (ligando o Rio de Janeiro ao Estado de Minas Gerais) e
a Linha Litorânea (interligando as malhas da MRS e da FCA). Os
dois acessos possibilitarão que o Superporto do Açu atenda as regiões Sudeste,
Sul e Centro-Oeste do país. As ferrovias já existem e os estudos para a
recapacitação destes trechos já foram iniciados.
O Superporto do Açu também contará com acesso rodoviário pelas
principais rodovias brasileiras, como a BR 116 (Rodovia Presidente Dutra) e a
BR 040 (Rio - Juiz de Fora). Para acesso ao Superporto do Açu, será construído um corredor
logístico com 400 metros de largura e 43 km de comprimento. Ele terá 4
faixas rodoviárias, 2 linhas ferroviárias e 3 linhas de transmissão (135 kv,
345 kv e 500 kv). O Corredor Logístico foi dimensionado para transportar 200
milhões de toneladas por ano, com circulação de até 100 mil veículos por
dia.
Esta movimentação trará um aumento
significativo de trânsito de pessoas e veículos na região de Goytacazes. A
posição geográfica de Goytacazes em Relação ao Açú trará um incremento
considerável em sua economia.
Posição geográfica de
Goytacazes em relação ao Superporto.
Fonte: maplink.com - 2012
3.2.1.
PIB
– Produto Interno Bruto
Não
conseguimos informações sobre valores atualizados na Secretaria Municipal de
Finanças ou no IBGE.
O PIB identifica a capacidade de geração de
riqueza do município, que no caso de Campos do Goytacazes representa 65,2% do
PIB da Região Norte Fluminense.
Entre
o ano de 2000 e 2008 houve um crescimento significativo do PIB da cidade de
Campos. Foi de R$ 5.644.906,62 para R$ 29.206.675,249.
3.2.2.
ORÇAMENTO
DO MUNICÍPIO E DO DISTRITO
Variação das Receitas Tributárias
dos exercícios 2008/2011
2009/2008 – Variação de 3, 12%
2010/2009 – Variação de 52,07%
2011/2010 – Variação de 19,00% -
Projetada
Demonstrativo das Receitas:
Receitas Tributárias: R$
158.132.855,64
Transferências Correntes: R$
595.962.806,80 (ICMS, IPVA, FPM, SUS...)
Receitas Patrimoniais: R$
65.071.079,39
Royalties: R$ 1.376.542.743,04
TOTAL: R$ 2.195.709.484,87
Orçamento
- De acordo com
Benílson Paravidino, secretário municipal de finanças, a previsão orçamentária
para 2012 encontra-se otimista em relação ao corrente exercício considerando o
crescimento do Município, as ações que estão sendo implementadas na melhoria da
qualidade de vida dos munícipes e as perspectivas de novos investimentos que
estão previstos.
Segundo
o secretário, não há como estimar em pouco tempo somente a arrecadação de
Goytacazes, 4º subdistrito de Campos, e para isso, deveria haver um pedido
formal através de outro órgão público ou político envolvido com os interesses
do local.
3.2.3.
ATIVIDADES
ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO E DO DISTRITO
O
processo de implantação e execução das atividades de exploração e produção de
petróleo e gás natural, como qualquer projeto de investimento de grande vulto,
gera elevação extraordinária do nível de emprego e renda local e regional e,
portanto, aumento igualmente extraordinário da demanda por serviços públicos e
de infra-estrutura em geral.
O subdistrito de Goytacazes tem no polo cerâmico
uma de suas mais importantes atividades econômicas. Este polo congrega, hoje,
mais de cem empresas produtoras no município, as quais geram, mensalmente,
cerca de noventa milhões de peças, entre telhas, tijolos e lajotas, respondendo
por aproximadamente três mil empregos diretos. Porém uma parcela da população
visa também, a possibilidade de geração de renda na própria região, utilizando
matéria prima local, uma vez que as famílias ali instaladas vivem através de
empregos das Cerâmicas da região. Uma das possibilidades passíveis a vir
acrescentar rendimento aos grupos familiares locais seria o artesanato.
Outro gerador de riqueza para o município e para
a região de Goytacazes por consequência é o aquecimento do setor da construção
civil demandando recursos materiais e humanos gerando mais empregos e renda
para a população, em contrapartida, fomenta a especulação imobiliária
setorizando ainda mais as classes sociais.
De acordo com RAIS/MTE (http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php)
de Janeiro de 2012, o Município tem 92.918
empresas formais. No Estado do Rio há no mesmo período, 3.565.262 empresas
formais. Estima-se, de forma empírica, que o subdistrito de Goytacazes tenha
aproximadamente 3.000 empresas formais entre comércio, indústria, extração,
construção, serviços, agropecuária, entre outros.
3.2.4.
RENDA
PER CAPITA
Em
pesquisa no Sebrae RJ, com informações socioeconômicas dos 92 municípios
fluminenses, divulgadas recentemente, indicaram que o Consumo Per Capita Urbano
do Município de Campos dos Goytacazes no ano de 2010 foi de R$ 12.175,35/ano.
3.3.
EDUCAÇÃO
A
região de Goytacazes está bem atendida até a 4ª série ou 5º ano do ensino
fundamental. A partir daí a demanda é atendida por apenas 6 estabelecimentos de
ensino até a 8ª série ou 9º ano e por apenas 3 estabelecimentos de ensino para
o nível médio. Esta configuração provoca um grande deslocamento de jovens para
outros distritos ou para a Sede.
3.3.1.
NÚMERO
DE ESCOLAS E CRECHES
Colégio Cenecista, Escola
Cel. João Batista de Paula Barroso e Casa de Cultura.
Fonte: do autor – 2012
Escolas
Municipais, Estaduais e Privadas localizadas no Subdistrito de Goytacazes:
Os dados informados na tabela acima são
referentes ao Censo Escola 2011, de acordo com pesquisa no site do MEC/INEP.
Total de matriculados em 2011: 6.622
alunos em 24 escolas (14,33% da população).
1.465 alunos em 12 Escolas Privadas
Urbanas;
1.952 alunos em 4 Escolas Municipais
Urbanas;
198 alunos em 1 Escola Privada Rural;
448 alunos em 4 Escolas Municipais
Rurais;
2.237 alunos em 3 Escolas Estaduais
Urbanas.
Deste total há 9 creches atendendo 392
crianças (6%);
18 Pré-Escolas ou com estrutura para tal
atendendo 877 crianças (13%);
19 Escolas para Anos Iniciais da
educação fundamental atendendo 2.720 crianças (41%);
6 Escolas para os Anos Finais da
educação fundamental atendendo 1.883 jovens (28%);
3 Escolas para Ensino Médio atendendo
827 jovens (12%).
O Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a
qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com
base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou
rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a
sala de aula.
Para que pais e
responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar
o IDEB da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez. Da mesma
forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais
pela melhoria da educação.
O índice é medido
a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas
municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do
ensino em países desenvolvidos.
Os valores abaixo indicam os índices das
redes Municipais e Estaduais da cidade de Campos dos Goytacazes. Considerando
que o subdistrito está no contexto, consideraremos os mesmos valores.
IDEB MUNICIPAL 2009: 3,3 até 4ª série ou
5º ano; 3,1 até 8ª série ou 9º ano.
IDEB ESTADUAL 2009:
3,4 até 4ª série ou 5º ano; 2,8 até 8ª série ou 9º ano.
3.4.
SAÚDE
A
região compreende uma unidade Pré-Hospitalar que é o Hospital São José na
Estrada do Açúcar e do Álcool (RJ-216). Esta unidade não tem estrutura para
internações. Sempre que necessário, o paciente é removido para a rede
hospitalar na sede pela ambulância dedicada a esta unidade. Além de atender a
população do subdistrito, atende a toda a região vizinha adjacente entre outras
localidades. O maior número de atendimentos nesta unidade concentra-se em
atendimentos ambulatoriais e pequenas emergências envolvendo curativos, suturas
e engessamento.
As
especialidades disponíveis no Hospital São José, além do clínico geral, são:
cardiologia, fonoaudiologia, psicologia, endocrinologia, psiquiatria,
cardiologia, e reumatologia. Dispões de equipamentos para ultrassonografia e
raios-x.
No
momento, o hospital está passando por obras de ampliação e futura reforma da
edificação existente. Não há dados disponíveis sobre a capacidade desta unidade
após ampliação.
Unidade Pré-Hospitalar
São José.
Fonte: do autor – 2012
Além
desta unidade que é administrada pelo município, existem duas clínicas
particulares na área central do subdistrito: a SEMED e a MEDVIDA que atendem
por planos de saúde particulares.
De
acordo com a Secretaria de Vigilância Sanitária, existem outras clínicas que
atendem, mas não estão devidamente certificadas para realizar atendimentos e
atendem de forma irregular perante a fiscalização.
3.5.
ABASTECIMENTO
E COLETA
A região urbanizada tem sérios
problemas com a drenagem das águas pluviais devido ao seu tipo de relevo, a
superficialidade do lençol freático, a baixa permeabilidade do solo em diversas
áreas e há deficiência ou inexistência de rede de galerias pluviais e dos
canais de drenagem. Os principais problemas de saúde da população estão
diretamente ligados ao deficiente saneamento ambiental na região.
Em 2008, apenas a área urbana tinha
um atendimento próximo de 100%, sendo coletadas cerca de 20 toneladas por dia
de lixo em dias alternados, exceto sábados e domingos. Na periferia, a coleta é
feita de forma precária. O DISTRITO não possui um local adequado para
beneficiamento e aproveitamento do lixo coletado.
3.5.1.
ABASTECIMENTO
DE ÁGUA
Desde 1997(8) a empresa Águas do
Paraíba é responsável pelos serviços de abastecimento de água, coleta e
tratamento de esgotos no município. O sistema de abastecimento de água é
precário em alguns pontos do distrito de Goytacazes, necessitando de reformas e
ampliações nas etapas de captação, preservação, tratamento e distribuição. A
rede geral de abastecimento supre apenas 50% dos domicílios com água de
razoável qualidade, devido à turbidez e da presença de alumínio, clorofórmio e
coliformes em alguns trechos analisados. A rede de esgotamento sanitário não
contempla os domicílios desta região. Há evidências de lançamento dos esgotos nos
corpos d’água receptores e fossas rústicas que contaminam o lençol freático
superficial. A limpeza pública foi terceirizada a partir de junho de 2001
ficando o controle a cargo da Secretaria de Limpeza Pública. Contudo, precisa
ser otimizada e ampliada, nas etapas de coleta, transporte e destinação final.
3.5.2.
COLETA,
TRATAMENTO E DESTINO DO ESGOTO
3.5.3.
REDES
DE ABASTECIMENTO DE GÁS
Inexistentes
para as residências. A proposta de
canalizar a distribuição de gás da Bacia de Campos para as olarias do Norte e
Noroeste Fluminense foi apresentada pelo deputado estadual Glauco Lopes (PSDB)
através das emendas à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e aprovada para
integrar o orçamento estadual de 2011. De acordo com uma publicação do site Gás
LP no Brasil, as olarias ainda utilizam a lenha na produção da cerâmica
vermelha e este uso traz danos ao meio ambiente, pode causar graves prejuízos à
saúde dos trabalhadores. O estudo mostra ainda que, baseando-se em dados da
Organização Mundial de Saúde, três bilhões de pessoas são afetadas no mundo
pelo consumo da lenha, com o registro de 1,6 milhão de mortes ao ano. (http://www.fmanha.com.br)
3.5.4. REDES DE ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
3.5.5.
COLETA
E DESTINO DO LIXO
Apesar
da coleta regular funcionar, existem muitos focos irregulares de acúmulo de
lixo, como por exemplo, terrenos abandonados acumulando entulho e vários tipos
de rejeitos.
O
aspecto das ruas, de uma maneira geral, demonstra falta de zelo e cuidado da
administração pública e os moradores por sua vez acostumaram-se com a situação.
Poucos se incomodam e tentam fazer algo.
Não
há aterro sanitário no subdistrito. O aterro mais próximo fica no distrito
sede.
3.5.6.
ACESSO
À INTERNET
Existem
dois provedores para o subdistrito. Através da Velox e Via Rádio. Como não fez
parte da pesquisa de campo, estimamos que somente 40% dos domicílios tem acesso
à internet. Entretanto, 90% dos pontos comerciais e industriais tem acesso à
internet.
3.6.
SEGURANÇA
E LAZER
A
manutenção da segurança pública no local é feita por um destacamento de 5
policiais revezando em turnos e sediados em um posto policial na região central
de Goytacazes. Não há policiamento particular ou municipal na região, com
exceção dos vigilantes em unidades privadas como bancos e pontos comerciais de
grande porte.
Não
há destacamentos do corpo de bombeiros ou da defesa civil no subdistrito. Em
caso de sinistros, será necessário aguardar a ação do corpo de bombeiros
sediados no distrito sede.
O
lazer da população local concentra-se nas praças São Benedito e São Gonçalo na
região central. Eventualmente, há organizações para formação de times de
futebol local para jogos eventuais no Esporte Clube São José, ao lado da Usina
São José além de jogos de várzea nos campos de futebol ao redor do subdistrito.
São 4 campos de futebol no total.
Sazonalmente,
há festas típicas na região. Na área adjacente a Casa de Cultura há a
tradicional Rancheirada que é uma festa junina com várias barracas, performance
de cavaleiros e apresentações musicais.
Outras festas importantes acontecem no Solar do Colégio, na Praça São
Gonçalo e em Ponto da Cruz.
Outro
ícone de lazer importante para Goytacazes é o Clube Recreativo de Goytacazes
que é usado para diversos tipos de shows e apresentações, sendo usado também
pelas escolas e associações locais.
4. RELAÇÕES
DE PRESSÃO E IMPACTO
Antes
de qualquer planejamento, alguns pré-requisitos devem ser atendidos. Para a
elaboração do POT, dados e fatos devem ser pesquisados e investigados para
balizar o estudo e a execução.
Pode-se concluir que, com um quadro analítico coerente como o
modelo DPSIR, e um conjunto sólido, detalhado e relevante para a política de
indicadores, o tomador de decisão tem tudo o que é necessário para começar um
bom trabalho.
Infelizmente, a experiência mostra que fundamentadas as
decisões não são necessariamente boas decisões. Mesmo um
sistema perfeito com bons indicadores não garantem que de repente todos os
erros que nossas sociedades tenham cometido no passado poderiam ser
evitados. Por vezes, gestores ou administradores bem informados são
forçados a tomar decisões erradas contra sua vontade em função de um cenário
político tendencioso ou políticas antagônicas às necessidades da sociedade.
Neste trabalho
apresentaremos somente as Forças
Motrizes, Pressão, Estado e Impacto.
As Respostas deverão ser
apresentadas no próximo período letivo.
4.1. SPIR Geral:
4.1. SPIR Geral:
O subdistrito encontra-se esquecido
pelos órgãos públicos, e nem ao meio as expectativas de crescimento do
município, pode-se observar algum planejamento específico para Goytacazes. Sua
população que durante muitos anos vivia em função das usinas e olarias, hoje
planeja a sua vida em função do complexo portuário, que desde já é uma grande fonte
geradora de emprego.
Muitos dos moradores possuem uma
vida bem simples e gostam da localidade em que moram, porém estão sempre indo e
vindo para Campos ou distritos vizinhos, em função de emprego, atendimento a
saúde e até mesmo para concluir o estudo de ensino médio e superior.
A política na região pela população
é tratada com muita seriedade, e muitos nem mesmo quiseram compartilhar
informações com as pesquisas com medo de se envolver.
Com pouca opção para o lazer,
Goytacazes acaba tendo as praças e o clube como locais principais e algumas
festas anuais como eventos, que algumas são tão específicas que fazem parte da
cultura do local.
Um plano de ordenamento para o local
ajudaria o subdistrito a se preparar para os 10 anos seguintes, visando somar
seu crescimento junto com todo o seu município.
4.1. 4.2. Análise do Meio
Ambiente:
5. CONCLUSÃO
O
4º Subdistrito de Campos dos Goytacazes, denominado Goytacazes, é um local
bucólico cortado por uma estrada extremamente movimentada e de grande
importância para a região servindo de escoamento para as usinas e olarias além
do transporte de passageiros com destinos variados atendendo a demanda por
educação, saúde e lazer.
Há
expectativas da população local quanto a investimentos em função do crescimento
populacional devido às obras do Superporto e das alterações viárias que
cruzarão o subdistrito trazendo para lá investimentos preciosos assim como
valorização dos imóveis podendo torna-la importante sob o ponto de vista
imobiliário. Partindo desta expectativa, passa da hora do poder público se
preocupar realmente com um Plano de Ordenamento Territorial adequado impedindo
discrepâncias urbanas transformando esta área em um modelo a ser seguido.
Outro
ponto que nos chama muita atenção é a necessidade de tirar do centro de
Goytacazes o trânsito pesado de veículos, visto que há áreas alternativas que
poderiam ter estradas circulando a área urbana com pistas adequadas em duas
vias. Não achamos adequada a decisão de duplicar simplesmente a RJ-216 mantendo
o mesmo traçado existente.
Importante ressaltar também que o subdistrito apresenta
flagrantes contrastes entre a região mais urbanizada e a região rural.
Observa-se que problemas de infra estrutura já existem, mesmo em áreas de
manchas populacionais maiores, mais próximas de serem consideradas
consolidadas.
Algumas áreas não possuem sistema de água potável e na
maioria não possuem coleta de esgoto sanitário. As estradas auxiliares não são
pavimentadas e o sistema de mobilidade urbana muito deficiente. Estas regiões
são também carentes de lazer, e assistência médica mais efetiva.
Os sistemas de educação do município e do estado são
eficientes embora já estejam no seu limite máximo de atendimento.
Existe ainda por parte da população a preocupação em
manter suas tradições, sua cultura, frente ao desenvolvimento futuro.
A
escolha deste local para realização do trabalho se mostrou pertinente e
importante para o conhecimento de nossa cidade ou do lugar que vivemos,
entretanto, aprendemos mais sobre as dificuldades de acesso às informações do
que sobre as informações propriamente ditas. Cabe ressaltar que a qualidade
final está comprometida por falta de informações consistentes ou atuais, apesar
de sabermos que as secretarias visitadas ou consultadas detinham estas
informações, entretanto, não houve boa vontade por parte destas secretarias em
nos atender impondo condições burocráticas para nos prestar informações.
Aproveitamos para elogiar o posto do IBGE em Campos que por telefone nos
prestou excelente atendimento e foram extremamente atenciosos.
Quanto
a falta de organização e falta de informação nas secretarias e no site da
prefeitura, alerto que descumprem a lei LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO
DE 2011 que dispõe sobre os procedimentos a serem
observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir
o acesso a informações. Portanto, esperamos que esta prefeitura cumpra em breve
esta legislação com o único objetivo de fomentar iniciativas futuras para o
desenvolvimento de nossa cidade.
5.1. SUGESTÃO PARA AS PRÓXIMAS TURMAS
Acreditando estar contribuindo para o
desenvolvimento desta disciplina e da Universidade, sugerimos que o diagnóstico
de distritos ou subdistritos de forma isolada seja procedimentado indicando os
setores públicos que devem ser envolvidos na pesquisa para evitar frustração e
desmotivação dos estudantes nestas pesquisas. Os setores públicos municipais
não têm condições ou estrutura para atender o público estudantil quando se
trata de pesquisa e levantamento de dados. Além disto, a
investigação deve ser feita pela turma com orientação de profissional
habilitado ou qualificado para tal evitando dispersão ou perda de foco na
pesquisa.
Queremos aproveitar também para sugerir à disciplina de Tecnologia
do Restauro que considere uma edificação histórica em Goytacazes. Trata-se de
uma residência que pertenceu ao Embaixador Jayme de Barros. Ele foi jornalista
e crítico, dos primeiros a identificar o talento de Procópio Ferreira. Como
diplomata, foi o divulgador de nossa gente e nossa cultura em Paris, Buenos
Aires, Nova Iorque, São Domingos e Praga. Nestas cidades, a casa de Marina (sua
mulher) e Jayme, eram a casa de Villa-Lobos, Gilberto Amado, Portinari, Rubem
Braga, Augusto Frederico Schmidt, San Thiago Dantas, Guilherme Figueiredo, José
Lins do Rego, Jorge Amado, Austregésilo de Athayde, Marly e José Sarney,
Jamille e Israel Pedrosa, Ceschiatti, Antonio Bandeira, Frank Shaeffer, Scliar
e tantos outros. Foi o brasileiro que mais conviveu com os artistas da chamada
Escola de Paris. Sem sua ajuda (e a de Pietro Maria Bardi) Assis Chateaubriand
jamais teria comprado a coleção que hoje situa o MASP como importante
referência mundial das artes. Nesta época do pós-guerra (1946/9) formou uma
belíssima coleção pessoal que mais tarde chegou a mexer com os brios de David
Rockfeller. Monet, Van Dongen, Vlaminck, Utrillo, André Lhote, Dufy, De Pisis,
Marie Laurencin, Renoir e Portinari iluminaram as paredes do embaixador,
fazendo a alegria dos seus convidados, durante muitos anos, por onde ele bem
representou o Brasil e, depois, no apartamento da rua Miguel Lemos 10, em
Copacabana.
Achamos importante esta
história e sua origem. A sugestão baseia-se no fato de que qualquer cidadão
pode solicitar o tombamento de um imóvel histórico e para o fim que se destina,
seria um exercício interessante que uma turma da UNIFLU levasse adiante o
projeto para tombamento da residência do Embaixador Jayme de Barros.
6. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BENI,
Mário Carlos. Análise Estrutural do
Turismo. São Paulo: SENAC, 2000.
OMT
– Organização Mundial do Turismo. Turismo
Internacional: uma perspectiva global. 2. ed. Porto Alegre: Bookmann,
2003.
TRIGO,
Luiz Gonzaga Godoi. Turismo Básico.
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PNOT (Política Nacional de
Ordenamento Territorial)
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